segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Mapeamento 2006 - Cajueirinho

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“QUADRILHA FLOR DO MANDACARU”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Quadrilha


A tradicional quadrilha “Flor do Mandacaru” teve início no ano de 1997 e já prepara-se para 2006 quando a Diretora, por ocasião de um festival cultual que se realizaria na sede do Município, tomou a iniciativa de reunir a comunidade escolar para organizar uma quadrilha que além de apresentar-se na localidade, participaria do festival. Desde então o evento vem ocorrendo no clube “Centrão Dance”nas proximidades da Escola, por falta de espaço físico apropriado em suas dependências.
O movimento, por ser alegre e saudável, agrada desde crianças a idosos, contando com um público de aproximadamente 500 espectadores, que participam e colaboram com o evento.
“Esta manifestação acontece anualmente. Dança-se chote, baião e muito forró”, destaca a organizadora atual, Ediane Sousa.
Os protagonistas do evento, em sua maioria adolescentes, exibem roupas estampadas e/ ou xadrez, incluindo vestidos rodados para valorizar o visual. “Proporcionar à criança e ao adolescente diversão, um ambiente familiar e resgatar a cultura é o ponto forte da manifestação”, conclui a entrevistada.


Autor – Antônio Sérgio Marques
Idade - 10 anos
Data - 18/04/2006


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“A FESTA DO BOI”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Reisado


Conforme o entrevistado José Ribamar do Nascimento este tipo de manifestação vem, ao longo dos anos, pendendo sua identidade cultural. “Mesmo assim não pretendo deixar de ser o figurino principal - a velha -, pois considero uma diversão, alegre, dinâmica e saudável”.
O reisado é realizado em terreiros, praças e até mesmo campos de futebol, onde além da velha se apresenta pessoas caracterizadas de burrinha, caboré, bode e por último, ao amanhecer do dia, faz-se a matança e partida do boi de forma bem humorística. Durante todo o evento é feito um notável sapateado onde são cantadas quadrinhas populares ao som de violões, pandeiros e triângulos que fazem o maior batuque. Os reiseiros adotam um figurino específico usando roupas quadriculadas de um colorido extravagante, além do uso de mascaras horripilantes de fazer medo às crianças.
O evento costuma ser cultuado a partir de 06 de janeiro, Dia de Reis, e estende-se até meados de junho. Apesar de estar perdendo adeptos, seu público ainda circula em torno de 200 pessoas, incluindo todas as faixas etárias, destacando-se os adultos. É importante destacar que os adolescentes fazem da festa um momento de diversão e de muita paquera, ponto marcante desta fase.


Autor – Edvar Marques de Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 18/04/2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“FESTA DA PADROEIRA NOSSA SENHORA APARECIDA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Festa da Padroeira


A Festa de Nossa senhora Aparecida, padroeira da capela de Cajueirinho I, vem ocorrendo desde 1999, sendo que inicialmente realizava-se somente celebrações feitas pela comunidade, durante 03 dias e atualmente são sete dias, com a participação de grupos de outras localidades, além da celebração de missas feita pelo pároco Manoel Valdery da Rocha (Pe. Valdery).
A festa, a cada ano, vem ganhando mas adeptos, contando com aproximadamente 150 pessoas por noite, incluindo crianças, jovens, adultos e idosos das várias etnias, exceto indígenas, inexistentes na comunidade e vizinhanças.
Além da organização e preparação feita pelo grupo da liturgia com cânticos, coreografia, peças teatrais, as famílias se preparam socialmente o evento realizando bingos, barracas com vendas, feito após o momento religioso objetivando arrecadar recursos para as despesas da capela, ainda em fase de acabamentos.
Segundo a dirigente Geralda Gorete dos Santos Pinto, o evento tem grande importância devido à união das famílias e a transmissão da mensagem da Palavra de Deus e de evangelização para a formação religiosa da comunidade.


Autor – Fabíola Sousa Braz
Idade - 17 anos
Data - 24/04/2006


Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“CAMPEONATOS ESPORTIVOS”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Campeonatos Esportivos


Os campeonatos esportivos da comunidade de Cajueirinho I vêm se tornando cada vez mais atraente para as crianças, adolescentes e adultos com um público de mais ou menos 200 pessoas, onde a modalidade esportiva mais praticada é o futebol de campo.
O evento acontece com a participação de duas equipes de onze jogadores cada, durante dois tempos de 45 minutos. No final da partida vence a equipe que marcar o maior número de gols.
Este tipo de campeonato começou há 30 anos atrás por alguns cidadãos da comunidade liderados pelo já falecido Manoel Severiano que deu inícios a esses acontecimentos por motivo de lazer e o futebol foi a melhor maneira para o divertimento nos finais de tarde e de semanas.
Durante todos esses anos outras pessoas vieram dando seqüência e, atualmente, a comunidade escolar conta com um professor de Educação Física, explorando o projeto Nacional de Inclusão Social com o esporte também dentro da escola, e que hoje escola e comunidade de Cajueirinho I mesmo não dispondo de uma quadra poliesportiva está com uma equipe de futsal participando do I Campeonato de Futsal promovido pela Secretaria de Desporto , com o apoio da Prefeitura Municipal de Cruz, onde a referida equipe já conseguiu a classificação antecipada para a segunda fase, garantindo assim, um uniforme esportivo.
Para nossa sociedade o esporte hoje é a forma mais simples e econômica para o divertimento. Ao mesmo tempo está evitando que crianças e jovens caiam no mundo das drogas, prostituição e marginalização.


Autor – Edvar Marques de Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 20/04/2006

Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS



“QUEM CANTA OS MALES ESPANTA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Cantoria


Este evento surgiu na década de 1960 quando os cidadãos Oscar Teixeira, Antônio Teixeira, Alfredo Muniz, José Pedro de Lima e José Maria Brandão passaram a refazer o Município mostrando seus dotes musicais, foi que conquistaram seus primeiros apreciadores. “Dentre eles eu que até me meto a fazer alguns simples repentes”, afirma Seu Raimundo Nonato da Silva.
Os ritmos da cantoria são corações, poemas, repentes, sendo a viola seu instrumento primordial. A cantoria é realizada no terreiro das residências e seu público são crianças acompanhadas dos pais, jovens, adultas e idosos apresentando aproximadamente 100 pessoas dentre negros, pardos e brancos da comunidade e circunvizinhanças.
“Lamento o fato de que uma manifestação tão rica culturalmente esteja se perdendo ao longo dos anos. Gostaria que meus bisnetos, trisnetos e tetranetos pudessem herdar do avô o gosto pela cantoria”, comenta Seu Raimundo.
A relação do evento com o universo da criança e do adolescente é propiciar-lhes um ambiente familiar e saudável evitando que eles se desviem para um mundo de drogas e prostituição.


Autor – Maria Daiara Kelle Freitas
Idade - 13 anos
Data - 20/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“A ARTE DE TECER COM AGULHA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Crochê


Comunidade de Cajueirinho I, município de Cruz – Ceará. O crochê por aqui é muito popular, é fácil encontrar uma pessoa com linhas e agulhas nas mãos.
Lidiane Marques de Sousa concluiu o Ensino Médio através de programas educacionais do governo lá mesmo na sua localidade natal. Ela é uma artesã, 26 anos, filha de Antônio Pereira de Sousa e Maria Aparecida de Vasconcelos Sousa.
Tinha uns dez anos de idade quando pensou em fazer crochê. Na época, morava em Monteiros, mas foi somente com 12 anos que começou a desenvolver sua arte.
Ela explica: “Minha primeira obra foi uma toalhinha de crochê, mesmo não tendo ficado exatamente igual à amostra, fiquei contente pelo que fiz”. Ela diz que para cada trabalho a ser confeccionado deve-se utilizar um tipo diferente de linha. Para se fazer uma tartaruga de calçar porta, diz ela, primeiro faz o corpo e patas de crochê, depois enche com um pouquinho de areia para pregar o corpo em cima. Em seguida, vem os pés, as mãos e a cabeça. “Minhas ferramentas são a tesoura e a agulha”, explica.
A diversidade do trabalho com crochê é grande. Vai da toalhinha de mão a objetos sofisticados como tartarugas, patos, enfeites de geladeira, porta-toalha, etc.
Seu trabalho acontece de acordo com as encomendas. Atualmente, tem dedicado mais tempo aos filhos pequenos, mas ela garante: “Gosto do meu trabalho e mesmo sem praticá-lo muito, meu amor pela arte continua”.


Autor – Kamila Kelle Morais
Idade - 12 anos
Data - 28/04/2006


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“BULIM, ARTE ATRAVÉS DA GOMA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Feitura de Bulins


A Sra. Enedina Marques de Freitas, 72 anos, é residente em Cajueirinho desde que nasceu é filha de Antônio Marques de Freitas e Rita Maria de Jesus com a qual aprendeu a fazer bulins ainda na fase da adolescência.
“Faço para eventos em igrejas, leilões ou mesmo para comer”. Ela explica que para fazer os bulins é necessário goma, açúcar e água.
Faz-se uma mistura e leva ao fogo sempre mexendo. Quando estiver pronto, espalho sobre uma tábua e deixo esfriar para cortar em pedacinhos bem pequenos. É um alimento preferido pelas crianças e quando colocados em cestos enfeitados e expostos em leilões faz a festa entre os pretendentes. É um alimento simples, prático e gostoso que até hoje faço para agradar meus netos quando vêm para minha casa.
Este alimento enriquece a culinária local e tem dado um valor histórico e cultural na comunidade.


Autor – Kamila Kelle Morais
Idade - 12 anos
Data - 03/07/2006


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“O GRUDE”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Grude


Rita Carvalho de Vasconcelos, também conhecida por Rita do Zé Ivan, é natural de Cajueirinho e gosta muito de fazer grude. “Tenho 48 anos, sou filha de Francisco das Chagas de Freitas e Creuza Carvalho de Vasconcelos. Morei com meus pais desde pequena e vi minha mãe fazendo grude e despertou em mim a vontade de aprender a fazer também”, conta D. Rita.
Muito risonha e descontraída, entre uma informação e outra sempre falava algo cômico, o que nos deixou muito à vontade.
Para fazer o grude, diz ela, precisa de goma, sal e coco. Tudo isso é molhado com água quente e amassado com uma colher de pau, quando tá uma massa a gente unta a fôrma com manteiga e leva ao forno, em meia hora está pronto.
As ferramentas usadas são: colher de pau, forma e fogão a gás. Porém a fôrma pode ser substituída por palha de bananeira o forno pode ser à lenha.
D. Rita comenta que sempre faz o bolo de grude para uso próprio, já que acho gostoso comê-lo no café da manhã.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 26/04/2006


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“MINGAU DE GOMA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Mingau de Goma


Maria Ataíde Magalhães, filha de Olavo Amanso Magalhães e Helena Freire de Lima é uma senhora de 40 anos, mãe de cinco filhos, nascida em Varjota, mas residente em cajueirinho há 18 anos.
Foi mãe pela primeira vez aos 21 anos, e como antigamente as mães não tinham o hábito de alimentar as crianças recém-nascidas apenas no peito e como ela não sabia o valor nutricional do leite materno parta o desenvolvimento e crescimento de seu bebê, procurou sua sogra que lhe ensinou que pegasse um pouco de farinha de mandioca, pisasse no pilão peneirado para fazer o mingau da criança. Assim, Ataíde alimentou seus quatro filhos quando bebês.
Aos 36 anos ela teve seu último filho, este até os seis meses só mamou no peito mas, a partir do sétimo mês, ela começou a dar-lhe o mingau, dessa vez só de goma.
Hoje Ataíde já tem mais conhecimento da importância do leite materno já foi orientada que esta prática não é muito saudável para um recém-nascido, pois esse mingau não contém todos os nutrientes que uma criança necessita para crescer saudável.


Autor – Tadeu Marques de Freitas Filho
Idade - 11 anos
Data - 27/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“ARTESANATO COM PALHA”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Saca


Luiz Raimundo Celestino, conhecido com Luiz Rezador, seus pais se chamam Raimundo Celestino e Raimunda Francisca da Conceição, mora em Cajueirinho.
Aprendeu com sua mãe a fazer artesanato: “Eu era bem pequeno, minha mãe obrigava eu e meus irmãos trabalharem”. Tinha que fazer o serviço para ajudar nas despesas da cãs.
À noite, em pequeno mutirão, juntavam-se aquelas pessoas e se fazia o trabalho. Eu realizava o meu dentro de casa, em um alpendre. Mês de dezembro tirava-se as palhas. Primeiro tiramos os olhos da palha, depois riscamos com a faca, depois cortamos os olhos que são 25, que são para formar a saca. Faz 5 ou 10 braças de tranças por dia. Precisa-se da agulha e da e a grande de pau para costurar a saca.
Nesse tempo eu tinha 15 anos e não sentia vontade de sair de casa, mesmo com esta idade. Minha ocupação era só fazer saca, mas hoje não faço mais, porque as pessoas não procuram.
Eu nasci em Aranaú e meu ofício era artesão. Tenho muito prazer em ser artesão e adoro fazer artesanato. É um trabalho de antigamente e hoje ainda faço para não esquecer a arte.


Autor – Tadeu Marques de Freitas Filho
Idade - 10 anos
Data - 28/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“PAÇOCA DE CAJU”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Paçoca de Caju


A Sra. Maria Eloisa Pinto nascida em Bela Cruz, reside em Cajueirinho desde setembro de 2003. Tem 62 anos e seus pais são João Anastácio da Costa e Raimunda Alzira Patriezo. Ela diz: “Antes eu comecei a fazer paçoca de caju por minha conta, depois, com o passar do tempo, eu fui conversando com os amigos sobre o assunto e me incentivaram a participar de um curso. Recebi uma apostila e comecei a fazer mais paçoca”.
Ela faz mais paçoca na época do caju. Para fazê-la precisa de fibra de caju,tablete de caldo de carne, óleo ou manteiga e farinha de mandioca. Gosta muito de preparar a paçoca, faz para seu consumo e também para encomendas. O caju é um alimento saudável, nutritivo e de fácil acesso a todos, pois na época existe uma grande fartura.
“Eu acho muito importante fazer paçoca e gosto de fazer todos os anos na época do caju e me dedico ao meu trabalho”, conclui a Sra. Maria Eloisa Pinto.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 24/04/2006


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“CALDO DE (FARINHA) CARIDADE”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Caldo de Farinha


Cajueirinho I, município de Cruz – Ce. Quem assa por ali pode conhecer uma senhora que aprendeu a fazer com sua mãe caldo de farinha, o popular “caldo de caridade” para criar seus filhos. Maria de Fátima Celestino, uma simples senhora de 42 anos, filha de Pedro José de Sousa e Rita Celestino de Sousa.
“Eu tinha uns oito anos quando vi minha mãe pilar a farinha e peneirar para fazer caldo para meus irmãos mais novos e, às vezes, até para maiores quando não tinha alimento para a família. Fui crescendo e quando me casei tive meus filhos e também precisei usar este mesmo tipo de alimento feito à base de água, farinha e açúcar, quando tinha, pois às vezes usava-se sal”.
A vida foi difícil, mas agora, graças a Deus, não preciso mais usar o caldo da farinha para alimentar meu bebê de oito meses. As coisas agora estão bem mais fáceis.


Autor – Kamila Kelle Morais
Idade - 12 anos
Data - 25/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“RECICLANDO RETALHOS”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Artesanato com Tecido


Maria Rita do Espírito Santo reside em cajueirinho, Cruz – Ce, tem 69 anos. Tinha mais ou menos 13 anos de idade quando despertou nela a vontade de fazer artesanato de tecido (boneca de pano). Observando sua mãe fazer. Ela lhe ensinava cada etapa da fabricação. Recortava o tecido no formato do corpo humano, cabeça, braços, depois costurava-se as bordas e enchia de algodão. Depois fazia roupinhas para a boneca.
Os materiais usados são: agulha, linha, retalhos de tecido, tesoura e algodão. Até hoje D. Rita continua com este trabalho na sua casa porque muita gente encomenda e para ocupar o tempo e também porque ainda gosta muito de fazer boneca de pano.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 27/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“MOLDANDO O BARRO”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Tijolos


Plautus de Sousa Freitas é um cajueirinhense nato, filho de Manoel Messias de Freitas e Maria Filomena de Sousa. Órfão de mãe, foi criado pelo pai com o qual aprendeu o ofício de agricultor.depois de adulto,observando outras pessoas fazendo tijolo aprendeu a fazê-lo.esse trabalho é realizado na época do verão,segundo semestre ás margens dos córregos quando as águas baixam. Retira-se o barro,ou ‘’descasca” como popularmente é chamado, é só no dia seguinte amassado e faz o tijolo,iniciando pela madrugada. A tarde junta e empilha para secar e aproximadamente 15 dias faz a queima que acontece da seguinte maneira: faz-se uma grande “caeira” e numa noite queima colocando madeira nas cavidades ou “pés” da mesma.
Esse oficio tem garantido uma melhor qualidade devida para meus filhos que são hoje crianças e adolescente e como qualquer outro nessa fase tem muitas necessidades a serem supridas.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 26/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“PÉ-DE-MOLEQUE”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Pé de Moleque


A Sra. Maria Dalva da Costa é filha de Raimundo Nonato da Costa e Geralda Pereira da Costa antes residentes em lagoa do Mato, hoje em Cajueirinho.
“Aprendi a fazer este tipo de bolo observando minha tia Ana Barbosa com a qual morei 11 anos.
O ofício é realizado na comunidade feito na casa da apreciadora, neste caso, na minha. Seu uso se evidencia principalmente na ocasião da semana santa.
As etapas da feitura desse ofício são as seguintes: arrancar a mandioca e põe dentro d’ água durante 8 dias, passando esse período tira a casca, mistura com água e peneira num pano para escoar todo o líquido.Prepara a massa colocando açúcar, coco e cravo.Embrulha com palha de bananeira e colocar para assar em fogão a lenha.
O bolo de mandioca puba é alimento saudável, gostos, prático e acessível que muitas famílias utilizam na complementação alimentar das crianças e adolescentes.


Autor – Leonel Marques Morais
Idade - 11 anos
Data - 27/04/2006


Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“VARANDA DE PAREDE: MACAMBÊ”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Varanda de Parede


Cajueirinho,Cruz,Ceará.Quem passa por aqui logo observa pessoas fazendo varandas. Assim vive uma senhora que se chama Maria de Fátima marques, uma típica varandeira, 53 anos, filha de Maria Socorro de Freitas e José Marques da Rocha, tendo estudado somente até a 4ª série.
Em 1975, com 22 anos de idade, quando veio morar aqui em Cajueirinho, pois ela é natural de Carrapateiras em Acaraú, despertou-lhe uma imensa vontade de aprender a fazer varanda.Vi uma mulher fazer varanda e me deu vontade tão grande de aprender, que hoje sou uma varandeira e ajudo a sustentar minha família a partir desse pequeno trabalho.
No entanto foi somente aos 27 anos que comecei a fazer varanda e diz que cada varanda feita é uma alegria, mesmo sendo tão pouco.
O trabalho é bem dividido, para se fazer a varanda é preciso que alguém troça um cordão de fio de algodão com 2,60m e também 20 pedaços de fio de 2m com 5 pernas de fio cada um.Ai vai-se colocando os fios no cordão até completar 100 pares.Logo após, outra pessoa a (varandeira) começa a fazer a varanda.Ela vai traçando os fios até chegar no final.Numa varanda há 50 bicos, 48 aranhas, 246 conchas e 52 frocas (desenhos feitos com nós).È tudo isso para se fazer a varanda afirma Dona Fátima.
Quando interrogada por suas ferramentas ela diz: meu material de trabalho é o fio de algodão e complementa a varandas é usada para enfeitar redes, pregando a varanda nas “beiradas”
A vida segue, os dias passam e Dona Fátima, sorridente, continua exercendo sua profissão.


Autor – Maria Natália Vasconcelos
Idade - 13 anos
Data - 28/04/2006

Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER



“ARTESANATO COM CIPÓ”


Nome da Manifestação Cultural ou evento: Cassuar


No dia 26 de abril de 2006 foi realizada em Cajueirinho uma pesquisa sobre artesanato com cipó com o Sr. José Pedro Filho da Cunha, 72 anos, filho de José Pedro da Cunha e Maria Isabel da Conceição.
O Sr. José Pedro aprendeu a fazer esse trabalho com um de seus tios, ele sentiu uma vontade de comprar uma roupa de brim branco para ir a uma festa e a forma que encontrou para conseguir dinheiro fazendo cassuar.
Esse foi o primeiro jogo de cassuar que fez, pois era uma encomenda de um senhor. Como foi o primeiro, achou muito difícil, mas conseguiu. Na época, tinha 15 anos.
“Hoje infelizmente não tem mais muita saída, pois o povo prefere transportar as mandiocas em carros que cabem mais, e são mais práticos”.


Autor – Leonel Marques Morais
Idade - 11 anos
Data - 26/04/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CASA DE FARINHA”


A casa de farinha do Seu Antônio Carlos Sobrinho, um ponto cultural de grande valor histórico, foi construída nos anos 1950.
O proprietário participou do trabalho junto com os pedreiros locais da época: Raimundo Sabóia e Manoezinho Pereira. Transcorreu um ano para que ficasse pronta e a primeira farinhada foi feita pelo dono. Daí em diante, no período das farinhadas, as famílias mudavam-se para cá onde realizavam o aproveitamento da mandioca que era e continua sendo, feito da seguinte maneira: raspa-se a mandioca e põe no curador para amassar. Mistura com água e espreme manualmente para tirar a goma, coloca na prensa para escoar o resto do líquido, peneira depois de seco e depois de seco faz a torragem no forno. Aplica-se o mesmo processo à goma. Por este processamento é cobrada uma pequena quantidade de farinha pelo arrendamento objetivando compensar as despesas de manutenção. “Aqui iniciavam namoros, ouvia-se e contava-se histórias das pessoas que viviam na comunidade”.
O tempo foi passando e a agricultura perdendo seu valor comercial levando as pessoas a cultivá-la cada vez menos e hoje a tão popular ‘casa de farinha do Seu Antônio Carlos’ está a serviço quase somente de seu proprietário.



Autor – Dheison Maik de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 28/04/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CEMITÉRIO SÃO RAIMUNDO”


O Cemitério São Raimundo situa-se na localidade de Cajueirinho desde 1920 quando foi construído um cercadinho de madeira para proteger a sepultura do retirante Raimundo Lopes da Silva, apelidado de Raimundo Patacho, que teria ali morrido de fome e sede.
Com o passar dos tempos a comunidade foi ampliando-o e hoje ostenta uma pequena capela onde até 2002 eram celebradas missas em aos mortos as quais atualmente são realizadas na Igreja Nossa Senhora Aparecida, sendo no cemitério feito apenas visitas aos túmulos e orações em família.
A missa é tradicionalmente celebrada no mês de abril e populariza-se como “Missa dos Marques” por ter sido os membros dessa família os pioneiros a pedir sua realização em memória a seus entes queridos.
A comunidade cuida muito bem dessa construção promovendo mutirão de limpeza e reforma quando necessário. É nele que as famílias depositam os restos mortais de suas crianças, jovens, adultos e idosos.



Autor – Dheison Maik de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CRECHE: ESPERANÇA DE UM NOVO DIA”


Centro de Cajueirinho, terreno situado nas dependências da EEF João Evangelista Vasconcelos, pois era o único terreno disponível para sua construção. Surgiu com a necessidade de atender as crianças de 3 a 6 anos, pois como a criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas tem desejo de estar próximas às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente.
Além da aprendizagem a creche oferece às crianças uma alimentação balanceada e este ato de alimentar tem como objetivo, além de fornecer nutrientes para a manutenção da vida e da saúde, proporcionar conforto ao saciar a fome, prazer aos estimular o paladar e também é fonte de inúmeras oportunidades de aprendizagem.
Crianças bem alimentadas, bem amadas e bem desenvolvidas têm mais chance de um futuro melhor, por isso que esse estabelecimento recebeu o nome de ‘Creche Esperança de um Novo Dia’. Nele são desenvolvidos projetos encontros de Pais e Mestres, na defesa dos direitos da criança, danças tentando resgatar um pouco de nossa cultura e afim que essas crianças cresçam conscientes de terem direitos e deveres e se tornem cidadãos mais dignos.


Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 04/05/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CLUBE ‘CENTRÃO DANCE’”


“A construção desse clube começou com a reforma de um pequeno quarto de um irmão falecido – João Evangelista – que passou para minhas dependências”.
Durante os muitos anos que passei em São Paulo mandava dinheiro para ser empregado em sua reforma, explica Manoel Carlos.
O Clube Centrão Dance localiza-se no centro de Cajueirinho I e tem servido de atração para a comunidade local e circunvizinhas proporcionando momentos de descontração e lazer quando realizados os mais diversos eventos, entre eles festivais de quadrilhas, bailes, serestas, festas dançante e bingos.
Além disso, beneficia outras localidades cedendo seu espaço para a realização de eventos culturais. Este ambiente é de fundamental importância para a comunidade não somente peal disponibilidade e apropriação do espaço físico mas também porque estimula nas crianças e adolescentes o gosto pela arte de representar, dançar e cantar.



Autor – Maria Aline de Freitas
Idade - 11 anos
Data - 02/04/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“EDUCANDO COM AMOR E DISCIPLINA”


Localizada no centro da comunidade de cajueirinho I, a Escola de Ensino Fundamental João Evangelista Vasconcelos é fruto da necessidade e do desejo dos moradores de terem uma entidade educacional na localidade para atender crianças e adolescentes.
O sonho começou a ser concretizado quando o Sr. Antônio Carlos, um grande proprietário de terras, resolveu doar à Prefeitura o terreno para a construção da escola. A partir de então, a Prefeitura arcou com as despesas da construção e em 1999 é inaugurada a Escola João Evangelista Vasconcelos, que traz o nome de um jovem que morreu subitamente e que era filho do doador do terreno.
Hoje, a escola apesar de não ter uma estrutura adequada ao desenvolvimento pleno de suas atividades vem, juntamente com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, realizando ações que promovem a construção da cidadania, a formação social e intelectual de seus docentes bem como contribuir para que os jovens sejam mais conscientes e comovidos diante dos problemas ambientais, sociais e de estrutura familiar na comunidade.



Autor – Edvar Marques de F. Filho
Idade - 13 anos
Data - 12/05/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“A ESCASSEZ DO ANO DE 1877”


Em 1877 veio a grande seca que perdurou por três anos consecutivos e com ela veio o regresso, o declínio preocupante, o gado morria de fome e de sede.
Diante daquela calamidade Frutuoso cuidou logo em arranjar serviço para seu povo, principalmente para seus escravos, os quais tinha que sustentar com comida e roupa. Para se prevenir contra uma outra possível seca, idealizou e mandou cavar um tanque profundo dentro de sua propriedade para que não viesse a faltar água outra vez. O tanque foi feito de alvenaria com uma área de 8 x 50m, com 20m de profundidade feito com uma rampa para facilitar a retirada do material de dentro da escavação e também facilitar a descida do gado e outros animais para irem beber.
O tanque construído naquela época, com a erosão provocada pelas águas correntes no decorrer de um século, foi soterrado de maneira que ainda se sabia o local porque restava sinais na aragem. No ano de 1983 – que também foi seco e estava difícil o ganha pão para muitas pessoas – o governador do estado despachou para o povo o serviço de emergência chamado de ‘bolsão da seca’. Então foram conseguidas cinqüenta vagas destinadas à restauração do velho tanque. Cinqüenta homens trabalharam durante 10 meses desentupindo – o, ainda chegaram a 10 metros de profundidade.
Logo após a reconstrução, as pessoas, especialmente crianças, e jovens tomavam banhos, pois a água era limpa. Hoje o mesmo foi substituído pelo Açude da Prata.
O entrevistado foi um grande colaborador na construção acima descrita, organizando os trabalhos emergenciais para a reconstrução da mesma.


Autor – Dheison Maik de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 05/05/2006


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“PRAÇA CAPITÃO FRUTUOSO”


A construção dae uma praça em Cajueirinho era um sonho da comunidade desde muito tempo, pois ansiava uma área de lazer e um ponto de encontro para diversão. No governo municipal do Sr. Antônio Raimundo de Araújo Neto, em 1990, construiu-se a tão sonhada praça. Por sugestão da comunidade homenageou-se um dos primeiros proprietários desta área: o Capitão Frutuoso José de Freitas.
A praça passou a ser o lugar das manifestações culturais, onde se realizavam bingos, leilões, serestas, reuniões...e ainda todas as noites agrupavam-se várias pessoas para assistir as novelas, pois a maioria naquela época não possuía televisão em casa.
Transcorrido dez anos depois, em 2000, durante o mandato do Sr. Manoel Nélson da Silveira (Manoel Israel) a praça foi reformada ganhando um novo aspecto dado pelas novas arquibancadas, piso apropriado e revestimento de seus entornos. Durante este trabalho, os responsáveis pela obra levaram a placa justificando retornar, o que até hoje não aconteceu.
A praça tem propiciado às crianças, adolescentes e demais faixas etárias uma conduta harmônica e amigável para com seus semelhantes.


Autor – Luana Karla Silveira
Idade - 12 anos
Data - 16/05/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“PRIORIZANDO A SAÚDE DE CAJUEIRINHO”


No ano de 1999 começou a funcionar o Posto de Saúde Francisco Carlos Vasconcelos, de Cajueirinho I. Logo após foi feita sua inauguração, que contou com a presença de autoridades populares. Atualmente é estruturado com os seguintes consultórios: odontológico, enfermagem, medicina, farmácia, imunização e ambulatorial.
Está funcionando atualmente e sempre acontecem palestras educativas sobre prevenção de doenças, acidentes, medidas caseiras para tratar de saúde, entre outras. Nele acontecem também as campanhas de vacinação contra paralisia infantil, sarampo (crianças), rubéola (mulheres com idade fértil), e gripe (idosos). Além disso, rotineiramente ocorrem atendimentos em hipertensão e diabetes, prevenção do câncer do colo de útero, pré-natal, planejamento familiar, imunização e saúde bucal.
Este posto é muito importante para a saúde da população, pois contribui para sua cidadania, aquisição de conhecimentos em saúde, noções de direitos e deveres e avaliação do crescimento e desenvolvimento das nossas crianças.


Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 10/05/2006

Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“CHAFARIZ, A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA”


Durante a gestão de Antônio de Araújo Neto, em 1990, por reivindicação da comunidade que sofria com a falta de água, principalmente nos anos de escassez de chuvas, viabilizado por meio da Associação Comunitária. Para atender a esta necessidade, foi construído um chafariz que até hoje jorra água limpa e pura e abastece a comunidade incluindo a escola, o posto de saúde e a praça. Faltando somente quando dá problemas no motor, o que acontece, mas por pouco tempo.
O chafariz tem proporcionado uma cultura de higienização com a água e cuidados com a saúde. O mesmo está aos cuidados dos vigias, mais especificamente de Tadeu Marques de Freitas, para vistoria e limpeza da caixa e de pequenos reparos.
Por meio deste posto as crianças e adolescentes têm consumido uma água bem mais saudável, já que é realizado o tratamento caseiro, com o uso de hipoclorito de sódio, hábito já arraigado à cultura local.



Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 08/05/2006


Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES



“IGREJA DE NOSSA SENHORA APARECIDA”


“O projeto de construção desta Igreja vem desde nossos pais”, destaca o Sr. Manuel Messias de Freitas, 80 anos, nascido do casal Miguel Marques de Freitas e Vitória Maria de Jesus. “Foi comprado pelos nossos antepassados um hectare de terra pago com arrecadações feitas em leilões, terços luminosos e doações da comunidade. O desejo permaneceu arraigado em seus descendentes que levaram o projeto a diante iniciando sua construção nos anos 1990, com o esforço de todos, inclusive o meu”.
Envolvidos nos mais variados tipos de campanhas a luta continua até hoje, com a capela parcialmente concluída, resultado do trabalho em conjunto.
A escolha da padroeira foi feita por todos, e foi homenageada a padroeira do Brasil. O tempo vem prestando seu espaço para educação religiosa nos mais diversos campos litúrgicos: celebrações dominicais e eucarísticas, cursos matrimoniais e de batismo, catecismos e até mesmo reuniões para assuntos comunitários. Todos são momento preciosos, maior destaque pelo caráter familiar, social e cultural que representa na localidade.



Autor – Tamires Magna Freitas
Idade - 13 anos
Data - 09/05/2006

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“ENCANTAMENTO NO SERROTE”


Na localidade de Cajueirinho I, posição sul, divisa com Pitombeiras do Cajueirinho, há um serrote com as maiores altitudes do lugar e do Município. É nesta área que há, segundo os mais velhos, uma princesa encantada que se comunica com outra existente no serrote de Jericoacoara e que é percebido com um estrondo que é interligam as duas extremidades. Há ainda quem diga que nota-se uma claridade à noite observando na direção do serrote. Segundo a lenda, o rapaz que desencantar a princesa casará-se com ela e herdará tesouros encantados.
A relação do objeto mapeado com o universo da criança e do adolescente é o despertar da fantasia e o gosto pelas histórias quando contadas pelos pais a seus filhos.


Autor – Leonel Marques Morais
Idade - 11 anos
Data - 15/05/2006

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“CRUZ DE CUSPE”


O ato de molhar a ponta do dedo com saliva e fazer uma cruz sobre a pele na parte do corpo que está dormente é um hábito muito antigo. Acredita-se que esse ritual é bom para tirar dormência acarretada por diversos fatores, por exemplo, apoiar-se muito tempo sobre uma perna. Esse hábito vem passando de geração a geração e sempre é ensinado ás crianças.
Para o entrevistado, esse hábito tem uma grande importância já que realmente ele contribui para desaparecer a dormência que instantaneamente acomete nosso corpo.


Autor – Antônio Sérgio Marques
Idade - 10 anos
Data - 04/05/2006

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“MAU OLHADO”


O uso de fita vermelha no braço da criança para protegê-la do mau olhado é uma superstição muito utilizada na comunidade. Esta é uma tradição não se sabe ao certo como tudo começou.
Na comunidade este costume vem sendo passado de geração a geração por algumas famílias desde muito tempo.
A Sra. Maria do Nilo é uma credora e praticante deste costume. “Usei e todos os meus filhos e aconselho usar em meus netos. É muito bom para evitar mau olhado”, diz ela.
D. Maria é natural de Formosa, localidade próxima do município, mas mora aqui há 26 anos. D. Maria acredita que essa tradição é importante para a criança desde cedo, pois eles já passam por uma expressão de fé e, segundo ela, é interessante tanto para a prevenção do mau olhado como para a diversão da criança.


Autor – Maria Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 12/05/2006

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“A CURA ATRAVÉS DA REZA”


A reza para curar quebranto é ‘vento caído’ é uma tradição antiga na comunidade. Sabe-se que o quebranto é resultado de um mau olhado. A rezadeira usa das suas artimanhas para voltar à criança seu semblante alegre, sua disposição, seu sorriso.
Maria de Fátima do Nascimento, conhecida como Fatiam do Luiz Rezador, é dona-de-casa, nascida em Carrapateiras, município de Acaraú e mora na localidade desde seus 20 anos de idade, hoje tem 51.
D. Fátima é uma excelente rezadeira e realiza suas atividades na própria residência. Ela relata os passos da crença: “Pego um raminho e um terço, coloco o terço no pescoço da criança e pergunto se é pagã ou batizada. Faço o ‘nome do Pai, Filho e Espírito Santo e se for pagã menina rezo para Maria. Pego os raminhos e benzo a criança e faço um pedido que tire as coisas más para as ondas do mar”.
Segundo ela, personagem mais importante é a criança eu está entre a vida e a morte e que a importância dessa crença para a criança e o adolescente é o fato de serem cuidados de maus olhados.


Autor – Antônio Sérgio Marques
Idade - 10 anos
Data - 08/05/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“O ASSOVIADOR”


Existe uma crença na localidade de Cajueirinho e também nas demais localidades da região da existência de um ser misteriosos que assovia nas noites de inverno pero das pessoas que caminham sozinhas durante à noite.
Dentre muitas crenças sobre sua origem, o Sr. José Maria do Nascimento, conhecido como Zé Caneco, natura de Granja – Ce e residente em Cajueirinho desde 1948, nos cona um acontecimento bíblico como originário da crença. Segundo ele trata-se de Caim que matou Abel e vive carregando-o nas costas. E conta: “Ele assovia bem alto perto da gente e se agente responder ele nos ataca” – e acrescenta: “Eu fui vítima do bicho, que subiu sobre mim e eu quase não consegui andar. Quando cheguei em casa ele ficou assoviando em cima do telhado o pior que minha língua inchou e durante alguns dias não consegui falar”.
Sr. Zé Caneco garante que tudo isso é verdade e que tem até testemunhas do fato e, segundo ele, par a criança e o adolescente isso não tem nenhuma importância e só nos dá medo.
Contudo, vale ressaltar que há pessoas que não crêem na existência do assoviador e admitem que os assobios que ouvimos à noite se tratam de um passarinho desconhecido.

Autor – Edvar Marques de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006


Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“TERÇO NA CABECEIRA DAS CRIANÇAS PAGÃS”


Maria do Livramento Freitas Silva, 62 anos, conhecida como Maria do Paulo é agricultora e aposentada. Nasceu em Pitombeira do Cajueirinho e mora na localidade desde a infância.
D. Maria do Paulo passou a acreditar e realizar a crença a partir do incentivo de seus avós que ouviram de seus pais, que ouviram de outras pessoas, o relato de que o ato de botar o terço na cabeceira de crianças pagãs livra-as das tentações do Satanás. D. Maria tanto acredita na crença como aconselha outras mães com recém-nascidos a usarem também.
Esta é uma radica antiga e vem passando de geração em geração. A importância para o universo da criança e do adolescente, segundo a entrevistada, é que a criança pagã fica protegida até o dia do batismo.


Autor – Maria Daiara Kelle Freitas
Idade - 13 anos
Data - 09/05/2006

Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES



“O TERROR DAS NOITES DE LUA-CHEIA”


Desde muito tempo há a crença da existência do lobisomem. Segundo a crença popular trata-se de um ‘bicho’ metade homem, metade lobo. Outros afirmam que o ‘bicho’ pode apresentar-se como um jumento ou ainda de uma forma animal nunca dantes vista.
Na localidade de Cajueirinho reside o Sr. Luiz Raimundo Celestino, 65 anos, conhecido como Luiz Rezador, é agricultor aposentado e nasceu em Itapipoca. Mora na localidade desde seus 20 anos.
Seu Luiz afirma que já foi atacado por u lobisomem e conta: “Tudo começou quando eu tinha 30 anos e foi no caminho da Aroeira quando eu vinha de uma festa. No meio do caminho vi um bicho. Parei e arregacei a calça para correr, quando percebi, o bicho quis me pegar, me agarrei com ele e o bicho era mesmo o lobisomem. Não tinha pé nem cabeça, nem braço, nem cauda. Brigamos, soltei ‘praqui, pracolá’, o bicho fedia, não parecia com cristão. Eu já estava muito cansado e resolvi cutucar com uma faca e o bicho era muito feio. De repente senti que a faca feriu o bicho e ele fraquejou e pulou dentro do mato. Fui atrás pra ver quem era. O bicho começou a se transformar e caía pêlo de jumento novo no chão. No final conheci o homem, ele pediu pra que eu não lhe matasse e eu aconselhei ele a para com isso, ir mais à Igreja, acreditar em Deus”.
Seu Luiz afirma que o personagem principal é o lobisomem e a importância deste personagem para o universo da criança é que serve para alertar a todos do perigo que acontece com ele.

Autor – Maria Daiara Kelle Freitas
Idade - 13 anos
Data - 10/05/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“JOGO DE BILAS: MINHA DIVERSÃO PREFERIDA”


Como é bom ser criança e adolescente! Jorge, um menino de 14 anos gosta muito de jogar de bila desde muito cedo. “Não tem lugar certo pra fazer este jogo pode ser no pátio da escola, nos terreiros das casas, nos quintais, na praça”, diz Jorge.
O jogo consiste em desenhar um triângulo no chão, onde as bilas deverão ficar, formam-se um grupo de dois ou ais meninos e inicia-se a disputa, onde vencerá quem conseguir tirar o maior número de bilas que passará a pertencê-lo.
“É uma brincadeira muito divertida”, conclui Jorge.

Autor – Kamila Kelle Morais
Idade - 12 anos
Data - 10/05/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“LIGA E DESLIGA”


Como é maravilhoso ser criança! Tudo acontece na localidade de Cajueirinho I, município de Cruz. Leonara e uma menina que adora brincar de “Liga” com suas amigas nas praças, terreiros e até nos quintais de sua casa. Não tem enredo nem material utilizado e o número de crianças não pode ser menor que três. A brincadeira termina quando o ‘gato’ liga todos os participantes. Para as crianças se divertirem e ficarem mais felizes.


Autor – Maria Natalia Vasconcelos Sousa
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006



Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“BONECA DE PANO”


Ser criança é maravilhoso! Tudo acontece na localidade de Cajueirinho I, no município de Cruz. Luana, uma menina de 12 anos, que fabrica seus próprios brinquedos mora em Cajueirinho. Sempre Juno de sua prima, Luana pega o pano, a tesoura e corta em forma de uma boneca e costura, fazendo assim uma boneca e depois vai brincar com sua prima.
Ela acha maravilhoso ser criança, pois pode aproveitar a vida. E ela é linda, principalmente quando somos criança. Se todos aproveitassem a vida sendo crianças fabricando seus próprios brinquedos.


Autor – Dheison Maik Freitas
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“CARRINHO DE LATA”


As crianças de Cajueirinho I se sentem muito felizes ao brincar de carrinho de lata. Fábio, um homem casado de 22 anos fabrica esse brinquedo para seu filho e outras crianças.
Morando perto de uma praça, vê meninos brincando com brinquedos feitos por ele, sua arte fica muito encantada.
Para construir um carrinho precisa-se de uma lata de óleo, faca, martelo, pregos madeira e um cordão para ser puxado pelas crianças.
Na época Fábio tinha mais ou menos uns 12 anos quando viu seu tio construindo carrinhos de lata, ao ver a obra pronta despertou nele uma imensa vontade de aprender. Os dias se passaram e ele começou a praticar.
Fábio diz que sente saudades de seu tio, que hoje é falecido, mas deixou esta recordação, a arte.

Autor – Maria Natalia Vasconcelos Sousa
Idade - 13 anos
Data - 12/05/2006
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“FUI À ESPANHA BUSCAR MEU CHAPÉU”


Brincar é muito bom! Nathália, uma garota de 13 anos residente na localidade de Cajueirinho, nos conta que adora brincar com suas amigas e por morar próximo a uma praça, sempre junta um grupo de garotas mais ou menos da sua idade e vão até a praça para brincarem a brincadeira predileta de todos: Fui à Espanha. Ela explica:
“Todos se juntam e formam uma roda, ai começa a cantar, girando, baendo palmas, dançando e apontando o dedo para o céu, cantando e gesticulando sendo que ao final da mesma todos ficam em par e quem ficar sozinho é o vovô (ó)”.
Nathália se sente livre ao brincar com as amigas, ela exclama: “É bom ser criança, brincar, pular, gritar. O melhor de tudo é se divertir”.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 12/05/2006


Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“PULAR CORDA”


Ser criança é maravilhoso! Tudo acontece na localidade de Cajueirinho desde os tempos de nossos pais.
Simone Marques de Freitas é uma menina extrovertida, carismática e feliz que costuma pular corda com suas amigas no terreiro e quintal de sua casa. Às vezes na praça e em qualquer ambiente onde der para realizar a brincadeira, que é muito divertida. Para realizá-la precisa de, no mínimo, três pessoas e uma corda. Duas pessoas bombeiam a corda e a outra pula, fazendo revezamento e também,se puder improvisar, usando cordões, tiras, salsas.
Esta brincadeira é bastante condizente com as crianças e adolescentes pela energia, dinamicidade e alegria que desperta em seus participantes.
“Adoro ser criança, ou melhor, adolescente, pois brinco com minhas amigas e não me preocupo com as coisas ruins na vida”, conclui Simone.


Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 15/05/2006

Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS



“CANTIGA DE NINAR: DORME NENÉM”


Maria Aparecida Lopes Silva, conhecida como Aparecida, gosta de cantar ninar para as crianças dormirem. Hoje tem 60 anos e aprendeu a cantar com sua avó, cantou para seus filhos e agora canta para seus netos. Nasceu em Cruz e mora em Cajueirinho desde 1973.
A criança ao ser embalada com música se acalma e dorme. Os adolescentes também se tranqüilizam com a música.
A importância desta manifestação é que gosto de transmitir o que ser para os outros. A música é assim:

Dorme neném que a noite já vem
O papai foi à roça e a mamãe logo vem.
Dorme neném que eu tenho o que fazer
Vou lavar, vou engomar uma camisinha para você.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 15/05/2006

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“CIDADÃO AUTÔNOMO DA COMUNIDADE”


Antônio Carlos Sobrinho, Toinho, 76 anos, natural de Cajueirinho tornou-se uma pessoa popular por ser alguém preocupado com o bem estar da população desta localidade. O mesmo disponibilizou-se a doar parte de seus terrenos para a construção da escola, posto de saúde e também a igreja e a praça. É nestes ambientes que são realizados a maioria dos eventos culturais locais. Vale mencionar que os últimos locais referidos forma construídos em terrenos particular.
“Sempre fui uma pessoa muito dedicada a meus filhos, consegui com grande esforço educá-los, colocando todos na escola, pois meu desejo era vê-los instruídos, já que não tive oportunidade de usufruir desse bem que torna o homem mais preparado para a vida”.
Seu Antônio Carlos continua desempenhado um papel de colaborador na comunidade onde já dispôs a doar uma outra parte de seu terreno para a construção de uma quadra esportiva visando o bem estar da população principalmente das crianças e adolescentes que têm no esporte uma grande apreciação.


Autor – Luana Karla Silveira
Idade - 12 anos
Data - 15/05/2006

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“PROMOVENDO A PALAVRA DE DEUS”


Cajueirinho, Cruz, Ceará ,casa de Geralda Gorete dos Santos. D. Gorete, 53 anos, natural de Belém, residente na localidade há oito anos. Mulher culta e dedicada ao trabalho que desenvolve como dirigente da igreja na comunidade.
Comunicativa, tornou-se popular a partir do momento que chegou na comunidade, onde foi indicada como dirigente da Palavra de Deus na comunidade, na medida que o tempo foi passando a necessidade de desenvolvimento de pastorais, tornou-se coordenadora de várias delas. Sendo solicitada pela comunidade, o que a tornou conhecida e solicitada.
Neste oito anos foi o esforço e a vontade de crescimento a fé que na medida que ela cresça, ela deseja e quer que a comunidade cresça, principalmente as pessoas que trabalham junto com ela: Pastorais da Liturgia, Catequese, dirigindo e coordenando as Pastorais do Sacramento.
Que D. Gorete continue desempenhando em nossa comunidade seu papel de dirigente, pois continuará conhecida por todos.


Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 16/05/2006

Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“REIVINDICANDO A FILOSOFIA DA POLÍTICA ATUAL”


José Simão de Sousa, 53 anos, conhecido como José Vintura, nasceu em cajueirinho, onde vive até hoje.
Estudou pouco, o que não limitou seu grande conhecimento. Sua popularidade nasceu do seu amor ao próximo e aos movimentos sociais dos quais tem uma participação ativa, está sempre disposto a agir em situações diversas. Atualmente é um dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e muito vem fazendo pela comunidade. Vale ressaltar que por apresentar um alto grau de criticidade, tornou-se antipatizado entre as pessoas. Com seu trabalho orienta as famílias na busca de seus direitos e assim proporcionar uma vida mais digna a seus filhos.


Autor – Socorro Maria da Silveira
Idade - 14 anos
Data - 17/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“CURANDEIRO AJUDANDO OS MAIS CARENTES”


Luiz Raimundo Celestino, conhecido como Luiz Curador, é agricultor aposentado, nasceu em Itapipoca e mora na localidade há 20 anos. Tem 65 anos.
Sr Luiz, há 50 anos vem desempenhando a função de curandeiro. Homem simples e dedicado ao bem do próximo, através do seu dom de curar vem chamando a atenção das comunidades e municípios vizinhos, sendo solicitado até na capital. Sr. Luiz é uma pessoa preocupada com o bem do próximo e em passar a gerações futuras o sentimento de solidariedade e uma cultura na crença de uma religiosidade que intervém nas forças divinas para curar males como: quebranto, espinhela caída, mau olhado, ventre caído, dor no corpo e engasgo.


Autor – Kamila Kelly Morais
Idade - 12 anos
Data - 17/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“O AUTODIDATA”


Manoel Messias de Freitas é um senhor de 80 anos, aposentado,residente na localidade desde que nasceu. Nunca freqüentou escola mas apresenta um conhecimento extraordinário, admirado e requisitado pela maioria da população.
Sua popularidade iniciou-se quando aos 12 anos fundou um posto de injeções e curativos em sua casa, que prestava serviços a quem o solicitasse. Ajudou a administrar e manter uma escola a qual funciona em sua residência. Construiu o plano piloto da igreja e mobilizou a comunidade para envolver-se em sua construção. Participou do grupo que abriu a primeira estrada que ligava Cruza Caiçara, passando pelo centro de Cajueirinho. Seu Messias é bastante requisitado por muitas pessoas, inclusive por alunos, para adquirir informações sobre histórias locais, às quais ele domina com segurança.
“Me considero uma pessoa honesta e solidária ,que penso primeiramente no outro para depois pensar em mim. Me tornei antipatizado por aqueles ‘incompreensivos’ que não valorizam meu trabalho e só criticam-no. Sofro muito com isso, mas nada posso fazer”.



Autor – Edvar Marques de Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 15/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“APARECIDA LOPES, UMA DAS PRIMEIRAS PROFESSORAS”


Maria Aparecida Lopes – Dona Aparecida – nasceu em Cruze reside na comunidade de cajueirinho desde 1973. Hoje aposentada, foi uma professora aplicada e muito dedicada ao trabalho que desenvolvia como educadora. “Por muitos anos o ensino acontecia em minha residência e era muito diferente de hoje. Não tinha uma estrutura pedagógica nem administrativa, tudo acontecia sob minhas responsabilidades inclusive a preparação da merenda”.
Operosa e comunicativa, aquela zelosa professora repassou seus conhecimento aos alunos. Foram 30 anos de dedicação e compromisso com a educação, preparando as crianças e adolescentes para um futuro melhor. “Hoje me sinto recompensada quando um ex-aluno passa por mim e manifesta um atitude de consideração”, conclui D. Aparecida.


Autor – Maria Natália Vasconcelos Sousa
Idade - 13 anos
Data - 15/05/2006


Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES



“UMA GRANDE HISÓRIA DE SAÚDE”


João Evangelista Vasconcelos nasceu no dia 18 de novembro de 1974, faleceu em 30 de junho de 1996 de parada cardíaca aqui em Cajueirinho onde morou desde que nasceu. Era um jovem bem humorado, amigo, solidário, estava sempre pronto para ajudar.
Foi um filho obediente, sempre trabalhando com o pai nos trabalhos da agricultura e nos trabalhos de carpintaria onde aprendeu a confeccionar muitas coisas. Fazia brinquedos e distribuía para as crianças, fazia portas, janelas e outras coisas. Era bem inteligente e educado.
Com o dinheiro desses trabalhos e com a ajuda de seu pai conseguiu realizar um de seus sonhos: construir um bar. Era muito feliz, sempre passou bons exemplos para aqueles que estavam por perto, especialmente as crianças, por quem tinha muito carinho.
Tenho certeza que seu desejo é que todas as crianças e adolescentes cresciam com amor no coração, respeito e que siga o exemplo dele, que foi sempre amoroso, dedicado e solidário.


Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 15/05/2006

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“ESGALAMIDO, O INIMIGO DA BALANÇA”


Esgalamido era, segundo a entrevistada, um dizer muito popular nos tempos passados e que vem sendo mencionados até hoje.
Quando surgiu não se sabe, mas geralmente é usado para pessoas que exagera na comida.
Podemos dizer que o uso desta expressão é bastante interessante porque tudo que existe tem um sentido e, na maioria das vezes, se origina de tradições antigas. Então tem sim uma grande importância devido ao seu valor histórico e cultural que vem sendo resgatado principalmente pelas crianças e adolescentes, que são os responsáveis da cultura local.


Autor – Daiara Kelle de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 22/05/2006

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“REACO, O MAU PAGADOR”


De acordo com o entrevistado ,’reaco’ é uma expressão usada quando alguém deve e não paga sua dívida.
Surgiu há muitos anos, mas ninguém sabe quem trouxe para esta localidade. A mesma ainda é usada com muita freqüência, principalmente pelas pessoas mais velhas e com um grau de instrução maior. Reaco sempre é usado quando as pessoas demoram apagar o que devem ou então não pagam. Significa pessoa ludibria por gosto ou má índole, desonesta. Foi uma expressão utilizada por certa uma certa pessoa e hoje faz parte do linguajar do povo de Cajueirinho.


Autor – Daiara Kelle de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 22/05/2006

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“DO TEMPO DO BUMBA”


“Do tempo do bumba”, segundo a entrevistada, é uma expressão usada popularmente pelas pessoas mais experientes e que vem sendo repassada para os jovens através de seu emprego contínuo, ou quando nos referimos a coisas fora da atualidade.
Esta expressão surgiu não se sabe quando e nem de onde veio. Só sabemos que a mesma é usada ainda hoje, mesmo que com menos freqüência. Do tempo do bumba sempre é usada quando a pessoa acha que outra é ultrapassada, que está fora da atualidade. Significa objetos, idéias ou atitudes fora da época, antigas.
O objeto mapeado é uma forma de enriquecimento do aspecto cultural que deve ser cultivado para que não se perca ao longo dos tempos e a criança e o adolescente são os responsáveis pelo resgate e valorização da cultura local, dentre elas o uso de expressões e vocábulos que dão uma maior dinamicidade às formas de comunicação.


Autor – Dheison Marques de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 24/05/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“É O NOVO!”


Esta expressão não se sabe como começou, mas é bastante empregada no nosso dia-a-dia quando alguém quer manifestar sua opinião sobre um determinado aspecto ou situação fora de época. Apesar da Expressão ser “é o novo!”, ela se refere a algo antigo, ultrapassado conforme a visão do manifestante.
Atualmente é usada por crianças, jovens e adultos e vem mostrando a valorização da cultura e a importância de diversas formas de uso d linguagem nas várias situações comunicativas.


Autor – Maria Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 24/05/2006

Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“BUCHO QUEBRADO, VÍTIMA DE GOZAÇÃO”


Na comunidade de Cajueirinho é comum ouso da expressão “bucho quebrado”.
Bucho quebrado é usado sempre que se tem a intenção de atingir o ego de alguém, sempre que se tem a intenção de inferiorizar alguém diante de outros e esse alguém quase sempre é uma pessoa que tem uma barriga avantajada.
Contudo, entre amigos, a expressão em sentido amistosos, tem a função de descontrair, animar o bate-papo, porém é sempre bom a prudência para que alguém não se sinta prejudicado.


Autor – Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 26/05/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“BICHO INXIRIDO, O METIDO”


Maria Natália Vasconcelos, 13 anos, residente em Cajueirinho I, é uma usuária da expressão e diz: “Sempre uso quando uma pessoa se insinua para mim ou para alguém que está comigo ou ainda quando uma pessoa quer aparecer”.
Bicho inxirido, portanto, é uma expressão usada para designar uma pessoa que se exibe, que faz ações geralmente antiquadas em público com a intenção de chamar a atenção.
Natália afirma que a expressão estimula o adolescente a se distrair no que diz respeito a fazer com que os integrantes de um grupo sintam-se mais à vontade.


Autor – Maria Natália Vasconcelos
Idade - 13 anos
Data - 26/05/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“ABESTADO”


Vanderlandia Iara Araújo, 14 anos, mora em Cajueirinho dos cazuzas desde junho de 2005. nasceu em Cruz e é estudante em Cajueirinho I.
Abestado é um vocábulo usado principalmente pelos adolescentes em várias situações do dia-a-dia, quando uma pessoa demonstra uma atitude de tolice e de imbecilidade ou em situação de aborrecimento como por exemplo: “Parece que é abestado!”
A relação do objeto mapeado com o universo da criança do adolescente é que é empregado no sentido de se divertir da car do outro ou provocar insulto a alguém.


Autor – Maria Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 29/05/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“GOBIRA”


Valdi Francisco da Silva, tem 18 anos mora na localidade desde quando nasceu, aqui mesmo é estudante. “Gobira” é um vocábulo que significa jumenta e é usado quando se junta um grupo de adolescentes e começam a usar esta palavra no tom de brincadeira em situações como: “E aí pé seco? Cadê aquela gobira”?
A relação do objeto mapeado com o universo da criança e do adolescente é que fazem uso da expressão no sentido pejorativo para gozar do outro e fazer aquela animação. Os adolescentes se divertem e repassam a cultura para os mais novos, enriquecendo-a.


Autor – Maria Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 29/05/2006


Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS



“PUXA-SACO, O INTERESSEIRO”


É uma expressão muito antiga usada em situações de reprovação pela população para ofender e minimizar pessoas que usam da ‘amizade’ para conseguir alguma coisa em seu benefício.
Ao se dirigir a pessoas adeptas é muito comum ouvir as seguintes expressões: “Mariazinha é puxa-saco, não sai nunca, puxa o saco do prefeito, só ocupa este cargo por ser puxa-saco”.
É uma expressão utilizada no dia-a-dia de sentido pejorativo e espera-se que nossas crianças e adolescentes entendam que o importante é chegarmos a algum lugar por mérito nosso e que as nossas amizades sejam realmente verdadeiras.
O importante é alentar a todos para uma cultura em que os verdadeiros sentimentos brotem por admiração, respeito e afeto.


Autor – Sérgio Medeiros Marques
Idade - 10 anos
Data - 31/05/2006

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“CAJUEIRINHO TEM HISTÓRIA”


A comunidade de Cajueirinho apresenta uma população estimada em 800 pessoas e uma área de 3.600 hectares. As construções são predominantemente de tijolos revestidos de argamassa. A vegetação é arbustiva. A via de acesso Br passa pela posição sul cortando a localidade de uma extremidade a outra.
Cajueirinho principiou seu processo histórico por volta de 1870 quando o casal Frutuoso José de Freitas e Rita Maria de Jesus adquiriu uma área de 3.600 hectares de terra e aqui instalou-se construindo as primeiras habitações. O nome da localidade é devido a constatação de um cajueiro solitário no centro da propriedade do saudoso Frutuoso que mandou registrar suas terras com o nome de Cajueirinho. O velho Cajueiro que deu origem ao nome do lugar veio a tombar na década de 1960 devido à ação do brejo provocado pelo Açude da Prata.
Cajueirinho vem se desenvolvendo socialmente, procurando avançar no aspecto educacional oferecendo Educação Infantil e Fundamental às crianças e adolescentes, ampliando as áreas de abrangência da saúde. Sua economia se baseia na agricultura e no comércio.
No aspecto cultural, crescem os festejos de caráter religioso, os festivais culturais, entre outros. É nesta localidade que as crianças e adolescentes trabalham, estudam, se divertem, convivem e aprendem com seus familiares, parentes e amigos os aspectos culturais que enriquecem um povo e percebem a importância de levá-los às futuras gerações. Para melhor nos situarmos no tempo e no espaço, é necessário conhecer a história do lugar, dos antepassado, seus feitos, lutas e conquistas para que se possa compreender o presente e planejar as ações futuras.


Autor – Maria Fabíola Sousa
Idade - 17 anos
Data - 23/05/2006

Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS



“CAJUEIRINHO DOS CAZUZAS”


Trata-se de uma região de mais ou menos 3 km² pertencente à localidade de Cajueirinho e que compreende aparte que faz divisa com a comunidade de Poço Doce. Com uma vegetação que mistura litorânea e caatinga, tem com via de acesso a estrada de asfalto estadual que liga Cruz a Jijoca e a antiga estrada de piçarra.
Cajueirinho dos Cazuzas é um pequeno povoado composto por 11 casas onde moram 65 pessoas, na maioria da mesma família, a família Muniz. Todas as casas são de moradia, não há comércio, nem instituições culturais ou sociais.
A origem do nome vem do seu primeiro morador, que se chamava Vicente Muniz da Costa e era conhecido como Vicente Cazuza. O mesmo morava na comunidade da Prata e quando casou veio morar nesta região que hoje leva seu nome. Inclusive ele foi o primeiro a construir, e depois seus filhos quando cresceram e assim por diante.
O apelido Cazuza, Seu Vicente traz de seu pai Zé Cazuza, que morava em Cauassu, localidade praieira do município de Acaraú. O significado e o porque do apelido, o Sr. Daniel Cazuza, neto de Zé Cazuza e atual morador da localidade diz não saber responder.
O principal meio de sobrevivência por aqui é a prática da agricultura de subsistência bem como pequenas criações como as de aves, porcos e cabras. Para o Sr. Daniel Cazuza, o lugar é calmo, pacato, porém é importante pela tradição de seu nome e por ter certeza que até os fins de seus dias irá ser chamado assim.



Autor – Vanderlândia Iara Araújo
Idade - 14 anos
Data - 22/05/2006

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES”


A Associação de Pais e Mestres (APM) de Cajueirinho I é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, representativa da comunidade escola, responsável pelo recebimento e execução dos recursos financeiros transferidos diretamente pelo FNDE para ajudar as unidades escolares em seu planejamento e sua administração. A pessoa responsável pela aplicação dos recursos foi definida pelo Estatuto da Entidade e pelos pais juntamente com um colegiado para definir e outro para fiscalizar a aplicação dos recursos.
Foi fundada em 23 de abril de 1999 pela comunidade escolar por ocasião da EEF João Evangelista Vasconcelos ter sido beneficiada com o recurso do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e não ter uma entidade responsável pelo recebimento e administração do mesmo.
Ao longo dos anos ela vem se firmando na comunidade pela experiência adquirida, colaboração e crescimento quantitativo de seus associados. A mesma é composta atualmente por mais de duzentas pessoas, entre pais e professores. Tem como Presidente Francisca Geane Vasconcelos e Tesoureiro Edvar Marques de Freitas.
Em 2005 houve um acréscimo de artigos no Estatuto da Unidade Executora objetivando uma melhor participação e qualidade na administração do recurso financeiro.
Como retrocesso vale destacar uma pequena queda no valor total do recurso recebido em 2005. A entidade desenvolve várias atividades como: reunião dos associados para decisão coletiva da aplicação dos recurso financeiro, prestação de contas periódica à comunidade escolar e à Secretaria Municipal de Educação, reunião para mudança da Diretoria, discussão de temáticas pedagógicas e administrativas, entre outras.
A APM trabalha visando uma administração qualitativa dos recursos destinados a ela, além de colaborar na assistência e formação do educando por meio da aproximação entre pais, alunos e professore, promovendo uma maior integração.



Autor – Edvar Marques de Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 07/06/2006
Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“JOVENS DE CAJUEIRINHO ANUNCIANDO CRISTO (JOCAC)”


JOCAC é um pequeno grupo formado por jovens de quinze anos acima com a função de vivenciar a fé, aprofundar conhecimento com relação ao temas atuais, se engajar em grupos de liturgia, catequese e outros, promover eventos para contribuir com os trabalhos da construção da Igreja Nossa Senhora Aparecida, enfim, celebrar a vida, a esperança e os sonhos.
Foi formado no dia 15 de abril devido a comunidade ter constatado o descompromisso dos jovens com a Igreja e tentando aproximá-los mais da mesma, pensou-se na formação do grupo que teve aceitação imediata. No início eram 45 jovens, mas infelizmente o grupo não conta mais com todos os membros, muitos não optaram por um crescimento espiritual nem de jovens atuantes.
Hoje apenas 20 estão desempenhando bem seu papel, trabalhando para ajudar nos trabalhos da Igreja, da catequese e no coral. A equipe realiza várias atividades como bingos, bailes, show religioso, tudo em prol da igreja, da paróquia e de outros grupos de jovens e da coordenadora Maria das Graças Vasconcelos. Tem fundamental importância porque incentiva os jovens a terem um projeto de vida, a decidir o que querem ser e a partir daí implantar este projeto consistentemente passo-a-passo e hora-a-hora.
O objeto mapeado busca construir propostas, ideais, horizontes de caminhada, e ações para que as crianças e os adolescentes aça ainda melhor o seu espaço de mobilização e construção do Brasil que a gente quer. Que cresçam com otimismo, sonhos, esperança e paz.



Autor – Tamires Magna Silva Freitas
Idade - 13 anos
Data - 05/06/2006

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“GRUPO LITÚRGICO”


Liturgia é a ação que manifesta a igreja como sinal visível a comunhão entre Deus e os homens por meio de Cristo.
O grupo litúrgico é formado por jovens da comunidade que por vontade própria aderem ao movimento. Entre suas ações, destaca-se o acompanhamento das celebrações com cânticos, leituras do evangelho, de textos bíblicos, salmos, etc. este trabalho tem sempre a participação da comunidade.
O compromisso do povo com a missão de evangelizar deu início ao grupo de liturgia que foi fundado na localidade em 1998 por professores, pais de alunos e jovens. De início, o grupo, atuava na escola João Evangelista Vasconcelos e depois passou a realizar as celebrações na igreja ainda em construção. Hoje o grupo está bem maior, mais preparado, pois participa mensalmente de estudos de aprofundamento e tem o apoio da paróquia.
No decorrer dos anos, o grupo se estruturou mais com a chegada de uma pessoa mais preparada na comunidade e o grupo tornou-se mais ativo e hoje, se capacita catequistas, dar-se curso de batizado e casamento.
Para a criança, o grupo é importante porque incentiva e desperta a criança e o adolescente para a formação e espiritualização e o sentido da vida.


Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 02/06/2006

Texto da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS



“SOCIEDADE DE BEM-ESTAR E COMUNITÁRIO - SEBEC”


A SEBEC é uma organização não governamental sem fins lucrativos que desenvolve um trabalho coletivo em benefício comunitário.
A Sociedade de Educação e Bem-Estar Comunitário foi fundada em 1979 por um grupo de moradores objetivando a realização de um trabalho conjunto bem como a manutenção de escolas, criação de cooperativas agrícolas,formação de grupos de jovens, idosos que melhorariam o aspecto social, econômico e cultural da comunidade. Segundo seu Estatuto, o patrimônio adquirido seria distribuído entre os sócios e em caso de desativação, os bens passariam para a responsabilidade da paróquia.
Durante todo este tempo a SEBEC teve alguns crescimentos: renovou e ampliou seu quadro de associados, conseguiu realizar alguns projetos como o de energia elétrica, a criação e manutenção das primeiras escolas, a viabilização de recursos financeiros para a construção da capela Nossa Senhora Aparecida.
A entidade ao longo de sua história teve alguns retrocessos que ocasionaram o desmembramento da Diretoria e dos associados e uma falta de mobilidade e de interesse comunitários que acabaram retardando a viabilização de projetos.
Atualmente existem dois projetos em tramitação via SEBEC: o de energia elétrica e da rede de abastecimento de água. Segundo o entrevistado sua principal meta no momento é reativar sua funcionalidade.
“O objeto mapeado procura envolver os jovens numa atitude coletiva, participando das tomadas de decisões para a adoção de uma conduta solidária”, afirma Seu Raimundo.
A Instituição tem fundamental importância porque envolve a comunidade na busca de recursos que garantam o suprimento das necessidades da população local, beneficiando crianças, jovens e adultos.



Autor – Dheison Maik Freitas
Idade - 13 anos
Data - 01/06/2006

segunda-feira, 6 de março de 2006

HINO DA ESCOLA



 HINO DA ESCOLA JOÃO EVANGELISTA VASCONCELOS – CAJUEIRINHO I

De um sonho que em luta de fez
Tu és símbolo de grande conquista
O teu nome em virtude se deve
Ao saudoso João Evangelista

Refrão – Nosso lema é buscar o saber
Para ajudar nossa terra crescer

Elevar o teu nome queremos
Pelos méritos de tua vitória
És orgulho de toda essa gente
Que proteja teu nome na história

 Educar com amor e disciplina
Eis a meta do seu ideal
Com harmonia aos teus filhos ensina
O valor de um amor fraternal

Seus mestres em trabalho constante
Num projeto que visa o aprendiz
Honrá-lo de ter alcançado
Um futuro brilhante e feliz

Nesta escola se fez o progresso
Deste povo pacato e servil
Que almeja no estudo exaltar
Honra e glória ao nossos Brasil

Letra: Maria Maíza de Freitas
Música: Francisco das Chagas do Nascimento