Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES
CULTURAIS E EVENTOS
“QUADRILHA FLOR DO MANDACARU”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Quadrilha
A tradicional
quadrilha “Flor do Mandacaru” teve início no ano de 1997 e já prepara-se
para 2006 quando a Diretora, por ocasião de um festival cultual que se
realizaria na sede do Município, tomou a iniciativa de reunir a
comunidade escolar para organizar uma quadrilha que além de
apresentar-se na localidade, participaria do festival. Desde então o
evento vem ocorrendo no clube “Centrão Dance”nas proximidades da Escola,
por falta de espaço físico apropriado em suas dependências.
O
movimento, por ser alegre e saudável, agrada desde crianças a idosos,
contando com um público de aproximadamente 500 espectadores, que
participam e colaboram com o evento.
“Esta manifestação acontece
anualmente. Dança-se chote, baião e muito forró”, destaca a organizadora
atual, Ediane Sousa.
Os protagonistas do evento, em sua maioria
adolescentes, exibem roupas estampadas e/ ou xadrez, incluindo vestidos
rodados para valorizar o visual. “Proporcionar à criança e ao
adolescente diversão, um ambiente familiar e resgatar a cultura é o
ponto forte da manifestação”, conclui a entrevistada.
Autor –
Antônio Sérgio Marques
Idade - 10 anos
Data - 18/04/2006
Texto
da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“A FESTA
DO BOI”
Nome da Manifestação Cultural ou evento: Reisado
Conforme
o entrevistado José Ribamar do Nascimento este tipo de manifestação
vem, ao longo dos anos, pendendo sua identidade cultural. “Mesmo assim
não pretendo deixar de ser o figurino principal - a velha -, pois
considero uma diversão, alegre, dinâmica e saudável”.
O reisado é
realizado em terreiros, praças e até mesmo campos de futebol, onde além
da velha se apresenta pessoas caracterizadas de burrinha, caboré, bode e
por último, ao amanhecer do dia, faz-se a matança e partida do boi de
forma bem humorística. Durante todo o evento é feito um notável
sapateado onde são cantadas quadrinhas populares ao som de violões,
pandeiros e triângulos que fazem o maior batuque. Os reiseiros adotam um
figurino específico usando roupas quadriculadas de um colorido
extravagante, além do uso de mascaras horripilantes de fazer medo às
crianças.
O evento costuma ser cultuado a partir de 06 de janeiro,
Dia de Reis, e estende-se até meados de junho. Apesar de estar perdendo
adeptos, seu público ainda circula em torno de 200 pessoas, incluindo
todas as faixas etárias, destacando-se os adultos. É importante destacar
que os adolescentes fazem da festa um momento de diversão e de muita
paquera, ponto marcante desta fase.
Autor – Edvar Marques de
Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 18/04/2006
Texto da
Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“FESTA DA
PADROEIRA NOSSA SENHORA APARECIDA”
Nome da Manifestação
Cultural ou evento: Festa da Padroeira
A Festa de Nossa
senhora Aparecida, padroeira da capela de Cajueirinho I, vem ocorrendo
desde 1999, sendo que inicialmente realizava-se somente celebrações
feitas pela comunidade, durante 03 dias e atualmente são sete dias, com a
participação de grupos de outras localidades, além da celebração de
missas feita pelo pároco Manoel Valdery da Rocha (Pe. Valdery).
A
festa, a cada ano, vem ganhando mas adeptos, contando com
aproximadamente 150 pessoas por noite, incluindo crianças, jovens,
adultos e idosos das várias etnias, exceto indígenas, inexistentes na
comunidade e vizinhanças.
Além da organização e preparação feita pelo
grupo da liturgia com cânticos, coreografia, peças teatrais, as
famílias se preparam socialmente o evento realizando bingos, barracas
com vendas, feito após o momento religioso objetivando arrecadar
recursos para as despesas da capela, ainda em fase de acabamentos.
Segundo
a dirigente Geralda Gorete dos Santos Pinto, o evento tem grande
importância devido à união das famílias e a transmissão da mensagem da
Palavra de Deus e de evangelização para a formação religiosa da
comunidade.
Autor – Fabíola Sousa Braz
Idade - 17 anos
Data
- 24/04/2006
Texto da Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E
EVENTOS
“CAMPEONATOS ESPORTIVOS”
Nome da
Manifestação Cultural ou evento: Campeonatos Esportivos
Os
campeonatos esportivos da comunidade de Cajueirinho I vêm se tornando
cada vez mais atraente para as crianças, adolescentes e adultos com um
público de mais ou menos 200 pessoas, onde a modalidade esportiva mais
praticada é o futebol de campo.
O evento acontece com a participação
de duas equipes de onze jogadores cada, durante dois tempos de 45
minutos. No final da partida vence a equipe que marcar o maior número de
gols.
Este tipo de campeonato começou há 30 anos atrás por alguns
cidadãos da comunidade liderados pelo já falecido Manoel Severiano que
deu inícios a esses acontecimentos por motivo de lazer e o futebol foi a
melhor maneira para o divertimento nos finais de tarde e de semanas.
Durante
todos esses anos outras pessoas vieram dando seqüência e, atualmente, a
comunidade escolar conta com um professor de Educação Física,
explorando o projeto Nacional de Inclusão Social com o esporte também
dentro da escola, e que hoje escola e comunidade de Cajueirinho I mesmo
não dispondo de uma quadra poliesportiva está com uma equipe de futsal
participando do I Campeonato de Futsal promovido pela Secretaria de
Desporto , com o apoio da Prefeitura Municipal de Cruz, onde a referida
equipe já conseguiu a classificação antecipada para a segunda fase,
garantindo assim, um uniforme esportivo.
Para nossa sociedade o
esporte hoje é a forma mais simples e econômica para o divertimento. Ao
mesmo tempo está evitando que crianças e jovens caiam no mundo das
drogas, prostituição e marginalização.
Autor – Edvar Marques
de Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 20/04/2006
Texto da
Ficha 1
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E EVENTOS
“QUEM CANTA
OS MALES ESPANTA”
Nome da Manifestação Cultural ou evento:
Cantoria
Este evento surgiu na década de 1960 quando os
cidadãos Oscar Teixeira, Antônio Teixeira, Alfredo Muniz, José Pedro de
Lima e José Maria Brandão passaram a refazer o Município mostrando seus
dotes musicais, foi que conquistaram seus primeiros apreciadores.
“Dentre eles eu que até me meto a fazer alguns simples repentes”, afirma
Seu Raimundo Nonato da Silva.
Os ritmos da cantoria são corações,
poemas, repentes, sendo a viola seu instrumento primordial. A cantoria é
realizada no terreiro das residências e seu público são crianças
acompanhadas dos pais, jovens, adultas e idosos apresentando
aproximadamente 100 pessoas dentre negros, pardos e brancos da
comunidade e circunvizinhanças.
“Lamento o fato de que uma
manifestação tão rica culturalmente esteja se perdendo ao longo dos
anos. Gostaria que meus bisnetos, trisnetos e tetranetos pudessem herdar
do avô o gosto pela cantoria”, comenta Seu Raimundo.
A relação do
evento com o universo da criança e do adolescente é propiciar-lhes um
ambiente familiar e saudável evitando que eles se desviem para um mundo
de drogas e prostituição.
Autor – Maria Daiara Kelle Freitas
Idade
- 13 anos
Data - 20/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E
MODOS DE FAZER
“A ARTE DE TECER COM AGULHA”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Crochê
Comunidade de
Cajueirinho I, município de Cruz – Ceará. O crochê por aqui é muito
popular, é fácil encontrar uma pessoa com linhas e agulhas nas mãos.
Lidiane
Marques de Sousa concluiu o Ensino Médio através de programas
educacionais do governo lá mesmo na sua localidade natal. Ela é uma
artesã, 26 anos, filha de Antônio Pereira de Sousa e Maria Aparecida de
Vasconcelos Sousa.
Tinha uns dez anos de idade quando pensou em fazer
crochê. Na época, morava em Monteiros, mas foi somente com 12 anos que
começou a desenvolver sua arte.
Ela explica: “Minha primeira obra foi
uma toalhinha de crochê, mesmo não tendo ficado exatamente igual à
amostra, fiquei contente pelo que fiz”. Ela diz que para cada trabalho a
ser confeccionado deve-se utilizar um tipo diferente de linha. Para se
fazer uma tartaruga de calçar porta, diz ela, primeiro faz o corpo e
patas de crochê, depois enche com um pouquinho de areia para pregar o
corpo em cima. Em seguida, vem os pés, as mãos e a cabeça. “Minhas
ferramentas são a tesoura e a agulha”, explica.
A diversidade do
trabalho com crochê é grande. Vai da toalhinha de mão a objetos
sofisticados como tartarugas, patos, enfeites de geladeira,
porta-toalha, etc.
Seu trabalho acontece de acordo com as encomendas.
Atualmente, tem dedicado mais tempo aos filhos pequenos, mas ela
garante: “Gosto do meu trabalho e mesmo sem praticá-lo muito, meu amor
pela arte continua”.
Autor – Kamila Kelle Morais
Idade -
12 anos
Data - 28/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E
MODOS DE FAZER
“BULIM, ARTE ATRAVÉS DA GOMA”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Feitura de Bulins
A Sra.
Enedina Marques de Freitas, 72 anos, é residente em Cajueirinho desde
que nasceu é filha de Antônio Marques de Freitas e Rita Maria de Jesus
com a qual aprendeu a fazer bulins ainda na fase da adolescência.
“Faço
para eventos em igrejas, leilões ou mesmo para comer”. Ela explica que
para fazer os bulins é necessário goma, açúcar e água.
Faz-se uma
mistura e leva ao fogo sempre mexendo. Quando estiver pronto, espalho
sobre uma tábua e deixo esfriar para cortar em pedacinhos bem pequenos. É
um alimento preferido pelas crianças e quando colocados em cestos
enfeitados e expostos em leilões faz a festa entre os pretendentes. É um
alimento simples, prático e gostoso que até hoje faço para agradar meus
netos quando vêm para minha casa.
Este alimento enriquece a
culinária local e tem dado um valor histórico e cultural na comunidade.
Autor
– Kamila Kelle Morais
Idade - 12 anos
Data - 03/07/2006
Texto
da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“O GRUDE”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Grude
Rita Carvalho de
Vasconcelos, também conhecida por Rita do Zé Ivan, é natural de
Cajueirinho e gosta muito de fazer grude. “Tenho 48 anos, sou filha de
Francisco das Chagas de Freitas e Creuza Carvalho de Vasconcelos. Morei
com meus pais desde pequena e vi minha mãe fazendo grude e despertou em
mim a vontade de aprender a fazer também”, conta D. Rita.
Muito
risonha e descontraída, entre uma informação e outra sempre falava algo
cômico, o que nos deixou muito à vontade.
Para fazer o grude, diz
ela, precisa de goma, sal e coco. Tudo isso é molhado com água quente e
amassado com uma colher de pau, quando tá uma massa a gente unta a fôrma
com manteiga e leva ao forno, em meia hora está pronto.
As
ferramentas usadas são: colher de pau, forma e fogão a gás. Porém a
fôrma pode ser substituída por palha de bananeira o forno pode ser à
lenha.
D. Rita comenta que sempre faz o bolo de grude para uso
próprio, já que acho gostoso comê-lo no café da manhã.
Autor –
Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 26/04/2006
Texto
da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“MINGAU DE GOMA”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Mingau de Goma
Maria
Ataíde Magalhães, filha de Olavo Amanso Magalhães e Helena Freire de
Lima é uma senhora de 40 anos, mãe de cinco filhos, nascida em Varjota,
mas residente em cajueirinho há 18 anos.
Foi mãe pela primeira vez
aos 21 anos, e como antigamente as mães não tinham o hábito de alimentar
as crianças recém-nascidas apenas no peito e como ela não sabia o valor
nutricional do leite materno parta o desenvolvimento e crescimento de
seu bebê, procurou sua sogra que lhe ensinou que pegasse um pouco de
farinha de mandioca, pisasse no pilão peneirado para fazer o mingau da
criança. Assim, Ataíde alimentou seus quatro filhos quando bebês.
Aos
36 anos ela teve seu último filho, este até os seis meses só mamou no
peito mas, a partir do sétimo mês, ela começou a dar-lhe o mingau, dessa
vez só de goma.
Hoje Ataíde já tem mais conhecimento da importância
do leite materno já foi orientada que esta prática não é muito saudável
para um recém-nascido, pois esse mingau não contém todos os nutrientes
que uma criança necessita para crescer saudável.
Autor –
Tadeu Marques de Freitas Filho
Idade - 11 anos
Data - 27/04/2006
Texto
da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“ARTESANATO COM
PALHA”
Nome da Manifestação Cultural ou evento: Saca
Luiz
Raimundo Celestino, conhecido com Luiz Rezador, seus pais se chamam
Raimundo Celestino e Raimunda Francisca da Conceição, mora em
Cajueirinho.
Aprendeu com sua mãe a fazer artesanato: “Eu era bem
pequeno, minha mãe obrigava eu e meus irmãos trabalharem”. Tinha que
fazer o serviço para ajudar nas despesas da cãs.
À noite, em pequeno
mutirão, juntavam-se aquelas pessoas e se fazia o trabalho. Eu realizava
o meu dentro de casa, em um alpendre. Mês de dezembro tirava-se as
palhas. Primeiro tiramos os olhos da palha, depois riscamos com a faca,
depois cortamos os olhos que são 25, que são para formar a saca. Faz 5
ou 10 braças de tranças por dia. Precisa-se da agulha e da e a grande de
pau para costurar a saca.
Nesse tempo eu tinha 15 anos e não sentia
vontade de sair de casa, mesmo com esta idade. Minha ocupação era só
fazer saca, mas hoje não faço mais, porque as pessoas não procuram.
Eu
nasci em Aranaú e meu ofício era artesão. Tenho muito prazer em ser
artesão e adoro fazer artesanato. É um trabalho de antigamente e hoje
ainda faço para não esquecer a arte.
Autor – Tadeu Marques de
Freitas Filho
Idade - 10 anos
Data - 28/04/2006
Texto da
Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“PAÇOCA DE CAJU”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Paçoca de Caju
A Sra.
Maria Eloisa Pinto nascida em Bela Cruz, reside em Cajueirinho desde
setembro de 2003. Tem 62 anos e seus pais são João Anastácio da Costa e
Raimunda Alzira Patriezo. Ela diz: “Antes eu comecei a fazer paçoca de
caju por minha conta, depois, com o passar do tempo, eu fui conversando
com os amigos sobre o assunto e me incentivaram a participar de um
curso. Recebi uma apostila e comecei a fazer mais paçoca”.
Ela faz
mais paçoca na época do caju. Para fazê-la precisa de fibra de
caju,tablete de caldo de carne, óleo ou manteiga e farinha de mandioca.
Gosta muito de preparar a paçoca, faz para seu consumo e também para
encomendas. O caju é um alimento saudável, nutritivo e de fácil acesso a
todos, pois na época existe uma grande fartura.
“Eu acho muito
importante fazer paçoca e gosto de fazer todos os anos na época do caju e
me dedico ao meu trabalho”, conclui a Sra. Maria Eloisa Pinto.
Autor
– Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 24/04/2006
Texto
da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE FAZER
“CALDO DE
(FARINHA) CARIDADE”
Nome da Manifestação Cultural ou evento:
Caldo de Farinha
Cajueirinho I, município de Cruz – Ce. Quem
assa por ali pode conhecer uma senhora que aprendeu a fazer com sua mãe
caldo de farinha, o popular “caldo de caridade” para criar seus filhos.
Maria de Fátima Celestino, uma simples senhora de 42 anos, filha de
Pedro José de Sousa e Rita Celestino de Sousa.
“Eu tinha uns oito
anos quando vi minha mãe pilar a farinha e peneirar para fazer caldo
para meus irmãos mais novos e, às vezes, até para maiores quando não
tinha alimento para a família. Fui crescendo e quando me casei tive meus
filhos e também precisei usar este mesmo tipo de alimento feito à base
de água, farinha e açúcar, quando tinha, pois às vezes usava-se sal”.
A
vida foi difícil, mas agora, graças a Deus, não preciso mais usar o
caldo da farinha para alimentar meu bebê de oito meses. As coisas agora
estão bem mais fáceis.
Autor – Kamila Kelle Morais
Idade -
12 anos
Data - 25/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS
DE FAZER
“RECICLANDO RETALHOS”
Nome da
Manifestação Cultural ou evento: Artesanato com Tecido
Maria
Rita do Espírito Santo reside em cajueirinho, Cruz – Ce, tem 69 anos.
Tinha mais ou menos 13 anos de idade quando despertou nela a vontade de
fazer artesanato de tecido (boneca de pano). Observando sua mãe fazer.
Ela lhe ensinava cada etapa da fabricação. Recortava o tecido no formato
do corpo humano, cabeça, braços, depois costurava-se as bordas e enchia
de algodão. Depois fazia roupinhas para a boneca.
Os materiais
usados são: agulha, linha, retalhos de tecido, tesoura e algodão. Até
hoje D. Rita continua com este trabalho na sua casa porque muita gente
encomenda e para ocupar o tempo e também porque ainda gosta muito de
fazer boneca de pano.
Autor – Socorro Maria da Silva
Idade
- 14 anos
Data - 27/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E
MODOS DE FAZER
“MOLDANDO O BARRO”
Nome da
Manifestação Cultural ou evento: Tijolos
Plautus de Sousa
Freitas é um cajueirinhense nato, filho de Manoel Messias de Freitas e
Maria Filomena de Sousa. Órfão de mãe, foi criado pelo pai com o qual
aprendeu o ofício de agricultor.depois de adulto,observando outras
pessoas fazendo tijolo aprendeu a fazê-lo.esse trabalho é realizado na
época do verão,segundo semestre ás margens dos córregos quando as águas
baixam. Retira-se o barro,ou ‘’descasca” como popularmente é chamado, é
só no dia seguinte amassado e faz o tijolo,iniciando pela madrugada. A
tarde junta e empilha para secar e aproximadamente 15 dias faz a queima
que acontece da seguinte maneira: faz-se uma grande “caeira” e numa
noite queima colocando madeira nas cavidades ou “pés” da mesma.
Esse
oficio tem garantido uma melhor qualidade devida para meus filhos que
são hoje crianças e adolescente e como qualquer outro nessa fase tem
muitas necessidades a serem supridas.
Autor – Socorro Maria
da Silva
Idade - 14 anos
Data - 26/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS
E MODOS DE FAZER
“PÉ-DE-MOLEQUE”
Nome da
Manifestação Cultural ou evento: Pé de Moleque
A Sra. Maria
Dalva da Costa é filha de Raimundo Nonato da Costa e Geralda Pereira da
Costa antes residentes em lagoa do Mato, hoje em Cajueirinho.
“Aprendi
a fazer este tipo de bolo observando minha tia Ana Barbosa com a qual
morei 11 anos.
O ofício é realizado na comunidade feito na casa da
apreciadora, neste caso, na minha. Seu uso se evidencia principalmente
na ocasião da semana santa.
As etapas da feitura desse ofício são as
seguintes: arrancar a mandioca e põe dentro d’ água durante 8 dias,
passando esse período tira a casca, mistura com água e peneira num pano
para escoar todo o líquido.Prepara a massa colocando açúcar, coco e
cravo.Embrulha com palha de bananeira e colocar para assar em fogão a
lenha.
O bolo de mandioca puba é alimento saudável, gostos, prático e
acessível que muitas famílias utilizam na complementação alimentar das
crianças e adolescentes.
Autor – Leonel Marques Morais
Idade
- 11 anos
Data - 27/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E
MODOS DE FAZER
“VARANDA DE PAREDE: MACAMBÊ”
Nome
da Manifestação Cultural ou evento: Varanda de Parede
Cajueirinho,Cruz,Ceará.Quem
passa por aqui logo observa pessoas fazendo varandas. Assim vive uma
senhora que se chama Maria de Fátima marques, uma típica varandeira, 53
anos, filha de Maria Socorro de Freitas e José Marques da Rocha, tendo
estudado somente até a 4ª série.
Em 1975, com 22 anos de idade,
quando veio morar aqui em Cajueirinho, pois ela é natural de
Carrapateiras em Acaraú, despertou-lhe uma imensa vontade de aprender a
fazer varanda.Vi uma mulher fazer varanda e me deu vontade tão grande de
aprender, que hoje sou uma varandeira e ajudo a sustentar minha família
a partir desse pequeno trabalho.
No entanto foi somente aos 27 anos
que comecei a fazer varanda e diz que cada varanda feita é uma alegria,
mesmo sendo tão pouco.
O trabalho é bem dividido, para se fazer a
varanda é preciso que alguém troça um cordão de fio de algodão com 2,60m
e também 20 pedaços de fio de 2m com 5 pernas de fio cada um.Ai vai-se
colocando os fios no cordão até completar 100 pares.Logo após, outra
pessoa a (varandeira) começa a fazer a varanda.Ela vai traçando os fios
até chegar no final.Numa varanda há 50 bicos, 48 aranhas, 246 conchas e
52 frocas (desenhos feitos com nós).È tudo isso para se fazer a varanda
afirma Dona Fátima.
Quando interrogada por suas ferramentas ela diz:
meu material de trabalho é o fio de algodão e complementa a varandas é
usada para enfeitar redes, pregando a varanda nas “beiradas”
A vida
segue, os dias passam e Dona Fátima, sorridente, continua exercendo sua
profissão.
Autor – Maria Natália Vasconcelos
Idade - 13
anos
Data - 28/04/2006
Texto da Ficha 2
OFÍCIOS E MODOS DE
FAZER
“ARTESANATO COM CIPÓ”
Nome da
Manifestação Cultural ou evento: Cassuar
No dia 26 de abril
de 2006 foi realizada em Cajueirinho uma pesquisa sobre artesanato com
cipó com o Sr. José Pedro Filho da Cunha, 72 anos, filho de José Pedro
da Cunha e Maria Isabel da Conceição.
O Sr. José Pedro aprendeu a
fazer esse trabalho com um de seus tios, ele sentiu uma vontade de
comprar uma roupa de brim branco para ir a uma festa e a forma que
encontrou para conseguir dinheiro fazendo cassuar.
Esse foi o
primeiro jogo de cassuar que fez, pois era uma encomenda de um senhor.
Como foi o primeiro, achou muito difícil, mas conseguiu. Na época, tinha
15 anos.
“Hoje infelizmente não tem mais muita saída, pois o povo
prefere transportar as mandiocas em carros que cabem mais, e são mais
práticos”.
Autor – Leonel Marques Morais
Idade - 11 anos
Data
- 26/04/2006
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CASA
DE FARINHA”
A casa de farinha do Seu Antônio Carlos
Sobrinho, um ponto cultural de grande valor histórico, foi construída
nos anos 1950.
O proprietário participou do trabalho junto com os
pedreiros locais da época: Raimundo Sabóia e Manoezinho Pereira.
Transcorreu um ano para que ficasse pronta e a primeira farinhada foi
feita pelo dono. Daí em diante, no período das farinhadas, as famílias
mudavam-se para cá onde realizavam o aproveitamento da mandioca que era e
continua sendo, feito da seguinte maneira: raspa-se a mandioca e põe no
curador para amassar. Mistura com água e espreme manualmente para tirar
a goma, coloca na prensa para escoar o resto do líquido, peneira depois
de seco e depois de seco faz a torragem no forno. Aplica-se o mesmo
processo à goma. Por este processamento é cobrada uma pequena quantidade
de farinha pelo arrendamento objetivando compensar as despesas de
manutenção. “Aqui iniciavam namoros, ouvia-se e contava-se histórias das
pessoas que viviam na comunidade”.
O tempo foi passando e a
agricultura perdendo seu valor comercial levando as pessoas a cultivá-la
cada vez menos e hoje a tão popular ‘casa de farinha do Seu Antônio
Carlos’ está a serviço quase somente de seu proprietário.
Autor
– Dheison Maik de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 28/04/2006
Texto
da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CEMITÉRIO
SÃO RAIMUNDO”
O Cemitério São Raimundo situa-se na localidade
de Cajueirinho desde 1920 quando foi construído um cercadinho de
madeira para proteger a sepultura do retirante Raimundo Lopes da Silva,
apelidado de Raimundo Patacho, que teria ali morrido de fome e sede.
Com
o passar dos tempos a comunidade foi ampliando-o e hoje ostenta uma
pequena capela onde até 2002 eram celebradas missas em aos mortos as
quais atualmente são realizadas na Igreja Nossa Senhora Aparecida, sendo
no cemitério feito apenas visitas aos túmulos e orações em família.
A
missa é tradicionalmente celebrada no mês de abril e populariza-se como
“Missa dos Marques” por ter sido os membros dessa família os pioneiros a
pedir sua realização em memória a seus entes queridos.
A comunidade
cuida muito bem dessa construção promovendo mutirão de limpeza e reforma
quando necessário. É nele que as famílias depositam os restos mortais
de suas crianças, jovens, adultos e idosos.
Autor –
Dheison Maik de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006
Texto
da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CRECHE:
ESPERANÇA DE UM NOVO DIA”
Centro de Cajueirinho, terreno
situado nas dependências da EEF João Evangelista Vasconcelos, pois era o
único terreno disponível para sua construção. Surgiu com a necessidade
de atender as crianças de 3 a 6 anos, pois como a criança é um ser
social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas tem
desejo de estar próximas às pessoas e é capaz de interagir e aprender
com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente.
Além
da aprendizagem a creche oferece às crianças uma alimentação balanceada
e este ato de alimentar tem como objetivo, além de fornecer nutrientes
para a manutenção da vida e da saúde, proporcionar conforto ao saciar a
fome, prazer aos estimular o paladar e também é fonte de inúmeras
oportunidades de aprendizagem.
Crianças bem alimentadas, bem amadas e
bem desenvolvidas têm mais chance de um futuro melhor, por isso que
esse estabelecimento recebeu o nome de ‘Creche Esperança de um Novo
Dia’. Nele são desenvolvidos projetos encontros de Pais e Mestres, na
defesa dos direitos da criança, danças tentando resgatar um pouco de
nossa cultura e afim que essas crianças cresçam conscientes de terem
direitos e deveres e se tornem cidadãos mais dignos.
Autor –
Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 04/05/2006
Texto
da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“CLUBE
‘CENTRÃO DANCE’”
“A construção desse clube começou com a
reforma de um pequeno quarto de um irmão falecido – João Evangelista –
que passou para minhas dependências”.
Durante os muitos anos que
passei em São Paulo mandava dinheiro para ser empregado em sua reforma,
explica Manoel Carlos.
O Clube Centrão Dance localiza-se no centro de
Cajueirinho I e tem servido de atração para a comunidade local e
circunvizinhas proporcionando momentos de descontração e lazer quando
realizados os mais diversos eventos, entre eles festivais de quadrilhas,
bailes, serestas, festas dançante e bingos.
Além disso, beneficia
outras localidades cedendo seu espaço para a realização de eventos
culturais. Este ambiente é de fundamental importância para a comunidade
não somente peal disponibilidade e apropriação do espaço físico mas
também porque estimula nas crianças e adolescentes o gosto pela arte de
representar, dançar e cantar.
Autor – Maria Aline de
Freitas
Idade - 11 anos
Data - 02/04/2006
Texto da Ficha 3
LUGARES,
PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“EDUCANDO COM AMOR E DISCIPLINA”
Localizada
no centro da comunidade de cajueirinho I, a Escola de Ensino
Fundamental João Evangelista Vasconcelos é fruto da necessidade e do
desejo dos moradores de terem uma entidade educacional na localidade
para atender crianças e adolescentes.
O sonho começou a ser
concretizado quando o Sr. Antônio Carlos, um grande proprietário de
terras, resolveu doar à Prefeitura o terreno para a construção da
escola. A partir de então, a Prefeitura arcou com as despesas da
construção e em 1999 é inaugurada a Escola João Evangelista Vasconcelos,
que traz o nome de um jovem que morreu subitamente e que era filho do
doador do terreno.
Hoje, a escola apesar de não ter uma estrutura
adequada ao desenvolvimento pleno de suas atividades vem, juntamente com
o apoio da Secretaria Municipal de Educação, realizando ações que
promovem a construção da cidadania, a formação social e intelectual de
seus docentes bem como contribuir para que os jovens sejam mais
conscientes e comovidos diante dos problemas ambientais, sociais e de
estrutura familiar na comunidade.
Autor – Edvar Marques
de F. Filho
Idade - 13 anos
Data - 12/05/2006
Texto da
Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“A ESCASSEZ DO
ANO DE 1877”
Em 1877 veio a grande seca que perdurou por três
anos consecutivos e com ela veio o regresso, o declínio preocupante, o
gado morria de fome e de sede.
Diante daquela calamidade Frutuoso
cuidou logo em arranjar serviço para seu povo, principalmente para seus
escravos, os quais tinha que sustentar com comida e roupa. Para se
prevenir contra uma outra possível seca, idealizou e mandou cavar um
tanque profundo dentro de sua propriedade para que não viesse a faltar
água outra vez. O tanque foi feito de alvenaria com uma área de 8 x 50m,
com 20m de profundidade feito com uma rampa para facilitar a retirada
do material de dentro da escavação e também facilitar a descida do gado e
outros animais para irem beber.
O tanque construído naquela época,
com a erosão provocada pelas águas correntes no decorrer de um século,
foi soterrado de maneira que ainda se sabia o local porque restava
sinais na aragem. No ano de 1983 – que também foi seco e estava difícil o
ganha pão para muitas pessoas – o governador do estado despachou para o
povo o serviço de emergência chamado de ‘bolsão da seca’. Então foram
conseguidas cinqüenta vagas destinadas à restauração do velho tanque.
Cinqüenta homens trabalharam durante 10 meses desentupindo – o, ainda
chegaram a 10 metros de profundidade.
Logo após a reconstrução, as
pessoas, especialmente crianças, e jovens tomavam banhos, pois a água
era limpa. Hoje o mesmo foi substituído pelo Açude da Prata.
O
entrevistado foi um grande colaborador na construção acima descrita,
organizando os trabalhos emergenciais para a reconstrução da mesma.
Autor
– Dheison Maik de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 05/05/2006
Texto
da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“PRAÇA
CAPITÃO FRUTUOSO”
A construção dae uma praça em Cajueirinho
era um sonho da comunidade desde muito tempo, pois ansiava uma área de
lazer e um ponto de encontro para diversão. No governo municipal do Sr.
Antônio Raimundo de Araújo Neto, em 1990, construiu-se a tão sonhada
praça. Por sugestão da comunidade homenageou-se um dos primeiros
proprietários desta área: o Capitão Frutuoso José de Freitas.
A praça
passou a ser o lugar das manifestações culturais, onde se realizavam
bingos, leilões, serestas, reuniões...e ainda todas as noites
agrupavam-se várias pessoas para assistir as novelas, pois a maioria
naquela época não possuía televisão em casa.
Transcorrido dez anos
depois, em 2000, durante o mandato do Sr. Manoel Nélson da Silveira
(Manoel Israel) a praça foi reformada ganhando um novo aspecto dado
pelas novas arquibancadas, piso apropriado e revestimento de seus
entornos. Durante este trabalho, os responsáveis pela obra levaram a
placa justificando retornar, o que até hoje não aconteceu.
A praça
tem propiciado às crianças, adolescentes e demais faixas etárias uma
conduta harmônica e amigável para com seus semelhantes.
Autor
– Luana Karla Silveira
Idade - 12 anos
Data - 16/05/2006
Texto
da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“PRIORIZANDO
A SAÚDE DE CAJUEIRINHO”
No ano de 1999 começou a funcionar o
Posto de Saúde Francisco Carlos Vasconcelos, de Cajueirinho I. Logo
após foi feita sua inauguração, que contou com a presença de autoridades
populares. Atualmente é estruturado com os seguintes consultórios:
odontológico, enfermagem, medicina, farmácia, imunização e ambulatorial.
Está
funcionando atualmente e sempre acontecem palestras educativas sobre
prevenção de doenças, acidentes, medidas caseiras para tratar de saúde,
entre outras. Nele acontecem também as campanhas de vacinação contra
paralisia infantil, sarampo (crianças), rubéola (mulheres com idade
fértil), e gripe (idosos). Além disso, rotineiramente ocorrem
atendimentos em hipertensão e diabetes, prevenção do câncer do colo de
útero, pré-natal, planejamento familiar, imunização e saúde bucal.
Este
posto é muito importante para a saúde da população, pois contribui para
sua cidadania, aquisição de conhecimentos em saúde, noções de direitos e
deveres e avaliação do crescimento e desenvolvimento das nossas
crianças.
Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12
anos
Data - 10/05/2006
Texto da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E
CONSTRUÇÕES
“CHAFARIZ, A ÁGUA NOSSA DE CADA DIA”
Durante
a gestão de Antônio de Araújo Neto, em 1990, por reivindicação da
comunidade que sofria com a falta de água, principalmente nos anos de
escassez de chuvas, viabilizado por meio da Associação Comunitária. Para
atender a esta necessidade, foi construído um chafariz que até hoje
jorra água limpa e pura e abastece a comunidade incluindo a escola, o
posto de saúde e a praça. Faltando somente quando dá problemas no motor,
o que acontece, mas por pouco tempo.
O chafariz tem proporcionado
uma cultura de higienização com a água e cuidados com a saúde. O mesmo
está aos cuidados dos vigias, mais especificamente de Tadeu Marques de
Freitas, para vistoria e limpeza da caixa e de pequenos reparos.
Por
meio deste posto as crianças e adolescentes têm consumido uma água bem
mais saudável, já que é realizado o tratamento caseiro, com o uso de
hipoclorito de sódio, hábito já arraigado à cultura local.
Autor
– Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 08/05/2006
Texto
da Ficha 3
LUGARES, PRÉDIOS E CONSTRUÇÕES
“IGREJA DE
NOSSA SENHORA APARECIDA”
“O projeto de construção desta
Igreja vem desde nossos pais”, destaca o Sr. Manuel Messias de Freitas,
80 anos, nascido do casal Miguel Marques de Freitas e Vitória Maria de
Jesus. “Foi comprado pelos nossos antepassados um hectare de terra pago
com arrecadações feitas em leilões, terços luminosos e doações da
comunidade. O desejo permaneceu arraigado em seus descendentes que
levaram o projeto a diante iniciando sua construção nos anos 1990, com o
esforço de todos, inclusive o meu”.
Envolvidos nos mais variados
tipos de campanhas a luta continua até hoje, com a capela parcialmente
concluída, resultado do trabalho em conjunto.
A escolha da padroeira
foi feita por todos, e foi homenageada a padroeira do Brasil. O tempo
vem prestando seu espaço para educação religiosa nos mais diversos
campos litúrgicos: celebrações dominicais e eucarísticas, cursos
matrimoniais e de batismo, catecismos e até mesmo reuniões para assuntos
comunitários. Todos são momento preciosos, maior destaque pelo caráter
familiar, social e cultural que representa na localidade.
Autor
– Tamires Magna Freitas
Idade - 13 anos
Data - 09/05/2006
Texto
da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“ENCANTAMENTO
NO SERROTE”
Na localidade de Cajueirinho I, posição sul,
divisa com Pitombeiras do Cajueirinho, há um serrote com as maiores
altitudes do lugar e do Município. É nesta área que há, segundo os mais
velhos, uma princesa encantada que se comunica com outra existente no
serrote de Jericoacoara e que é percebido com um estrondo que é
interligam as duas extremidades. Há ainda quem diga que nota-se uma
claridade à noite observando na direção do serrote. Segundo a lenda, o
rapaz que desencantar a princesa casará-se com ela e herdará tesouros
encantados.
A relação do objeto mapeado com o universo da criança e
do adolescente é o despertar da fantasia e o gosto pelas histórias
quando contadas pelos pais a seus filhos.
Autor – Leonel
Marques Morais
Idade - 11 anos
Data - 15/05/2006
Texto da
Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“CRUZ
DE CUSPE”
O ato de molhar a ponta do dedo com saliva e fazer
uma cruz sobre a pele na parte do corpo que está dormente é um hábito
muito antigo. Acredita-se que esse ritual é bom para tirar dormência
acarretada por diversos fatores, por exemplo, apoiar-se muito tempo
sobre uma perna. Esse hábito vem passando de geração a geração e sempre é
ensinado ás crianças.
Para o entrevistado, esse hábito tem uma
grande importância já que realmente ele contribui para desaparecer a
dormência que instantaneamente acomete nosso corpo.
Autor –
Antônio Sérgio Marques
Idade - 10 anos
Data - 04/05/2006
Texto
da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“MAU
OLHADO”
O uso de fita vermelha no braço da criança para
protegê-la do mau olhado é uma superstição muito utilizada na
comunidade. Esta é uma tradição não se sabe ao certo como tudo começou.
Na
comunidade este costume vem sendo passado de geração a geração por
algumas famílias desde muito tempo.
A Sra. Maria do Nilo é uma
credora e praticante deste costume. “Usei e todos os meus filhos e
aconselho usar em meus netos. É muito bom para evitar mau olhado”, diz
ela.
D. Maria é natural de Formosa, localidade próxima do município,
mas mora aqui há 26 anos. D. Maria acredita que essa tradição é
importante para a criança desde cedo, pois eles já passam por uma
expressão de fé e, segundo ela, é interessante tanto para a prevenção do
mau olhado como para a diversão da criança.
Autor – Maria
Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 12/05/2006
Texto da
Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“A
CURA ATRAVÉS DA REZA”
A reza para curar quebranto é ‘vento
caído’ é uma tradição antiga na comunidade. Sabe-se que o quebranto é
resultado de um mau olhado. A rezadeira usa das suas artimanhas para
voltar à criança seu semblante alegre, sua disposição, seu sorriso.
Maria
de Fátima do Nascimento, conhecida como Fatiam do Luiz Rezador, é
dona-de-casa, nascida em Carrapateiras, município de Acaraú e mora na
localidade desde seus 20 anos de idade, hoje tem 51.
D. Fátima é uma
excelente rezadeira e realiza suas atividades na própria residência. Ela
relata os passos da crença: “Pego um raminho e um terço, coloco o terço
no pescoço da criança e pergunto se é pagã ou batizada. Faço o ‘nome do
Pai, Filho e Espírito Santo e se for pagã menina rezo para Maria. Pego
os raminhos e benzo a criança e faço um pedido que tire as coisas más
para as ondas do mar”.
Segundo ela, personagem mais importante é a
criança eu está entre a vida e a morte e que a importância dessa crença
para a criança e o adolescente é o fato de serem cuidados de maus
olhados.
Autor – Antônio Sérgio Marques
Idade - 10 anos
Data
- 08/05/2006
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES
E CURIOSIDADES
“O ASSOVIADOR”
Existe uma
crença na localidade de Cajueirinho e também nas demais localidades da
região da existência de um ser misteriosos que assovia nas noites de
inverno pero das pessoas que caminham sozinhas durante à noite.
Dentre
muitas crenças sobre sua origem, o Sr. José Maria do Nascimento,
conhecido como Zé Caneco, natura de Granja – Ce e residente em
Cajueirinho desde 1948, nos cona um acontecimento bíblico como
originário da crença. Segundo ele trata-se de Caim que matou Abel e vive
carregando-o nas costas. E conta: “Ele assovia bem alto perto da gente e
se agente responder ele nos ataca” – e acrescenta: “Eu fui vítima do
bicho, que subiu sobre mim e eu quase não consegui andar. Quando cheguei
em casa ele ficou assoviando em cima do telhado o pior que minha língua
inchou e durante alguns dias não consegui falar”.
Sr. Zé Caneco
garante que tudo isso é verdade e que tem até testemunhas do fato e,
segundo ele, par a criança e o adolescente isso não tem nenhuma
importância e só nos dá medo.
Contudo, vale ressaltar que há pessoas
que não crêem na existência do assoviador e admitem que os assobios que
ouvimos à noite se tratam de um passarinho desconhecido.
Autor –
Edvar Marques de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006
Texto
da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS, SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“TERÇO
NA CABECEIRA DAS CRIANÇAS PAGÃS”
Maria do Livramento Freitas
Silva, 62 anos, conhecida como Maria do Paulo é agricultora e
aposentada. Nasceu em Pitombeira do Cajueirinho e mora na localidade
desde a infância.
D. Maria do Paulo passou a acreditar e realizar a
crença a partir do incentivo de seus avós que ouviram de seus pais, que
ouviram de outras pessoas, o relato de que o ato de botar o terço na
cabeceira de crianças pagãs livra-as das tentações do Satanás. D. Maria
tanto acredita na crença como aconselha outras mães com recém-nascidos a
usarem também.
Esta é uma radica antiga e vem passando de geração em
geração. A importância para o universo da criança e do adolescente,
segundo a entrevistada, é que a criança pagã fica protegida até o dia do
batismo.
Autor – Maria Daiara Kelle Freitas
Idade - 13
anos
Data - 09/05/2006
Texto da Ficha 4
LENDAS, CAUSOS,
SUPERTIÇÕES E CURIOSIDADES
“O TERROR DAS NOITES DE
LUA-CHEIA”
Desde muito tempo há a crença da existência do
lobisomem. Segundo a crença popular trata-se de um ‘bicho’ metade homem,
metade lobo. Outros afirmam que o ‘bicho’ pode apresentar-se como um
jumento ou ainda de uma forma animal nunca dantes vista.
Na
localidade de Cajueirinho reside o Sr. Luiz Raimundo Celestino, 65 anos,
conhecido como Luiz Rezador, é agricultor aposentado e nasceu em
Itapipoca. Mora na localidade desde seus 20 anos.
Seu Luiz afirma que
já foi atacado por u lobisomem e conta: “Tudo começou quando eu tinha
30 anos e foi no caminho da Aroeira quando eu vinha de uma festa. No
meio do caminho vi um bicho. Parei e arregacei a calça para correr,
quando percebi, o bicho quis me pegar, me agarrei com ele e o bicho era
mesmo o lobisomem. Não tinha pé nem cabeça, nem braço, nem cauda.
Brigamos, soltei ‘praqui, pracolá’, o bicho fedia, não parecia com
cristão. Eu já estava muito cansado e resolvi cutucar com uma faca e o
bicho era muito feio. De repente senti que a faca feriu o bicho e ele
fraquejou e pulou dentro do mato. Fui atrás pra ver quem era. O bicho
começou a se transformar e caía pêlo de jumento novo no chão. No final
conheci o homem, ele pediu pra que eu não lhe matasse e eu aconselhei
ele a para com isso, ir mais à Igreja, acreditar em Deus”.
Seu Luiz
afirma que o personagem principal é o lobisomem e a importância deste
personagem para o universo da criança é que serve para alertar a todos
do perigo que acontece com ele.
Autor – Maria Daiara Kelle
Freitas
Idade - 13 anos
Data - 10/05/2006
Texto da
Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS
“JOGO DE
BILAS: MINHA DIVERSÃO PREFERIDA”
Como é bom ser criança e
adolescente! Jorge, um menino de 14 anos gosta muito de jogar de bila
desde muito cedo. “Não tem lugar certo pra fazer este jogo pode ser no
pátio da escola, nos terreiros das casas, nos quintais, na praça”, diz
Jorge.
O jogo consiste em desenhar um triângulo no chão, onde as
bilas deverão ficar, formam-se um grupo de dois ou ais meninos e
inicia-se a disputa, onde vencerá quem conseguir tirar o maior número de
bilas que passará a pertencê-lo.
“É uma brincadeira muito
divertida”, conclui Jorge.
Autor – Kamila Kelle Morais
Idade -
12 anos
Data - 10/05/2006
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS
E BRIUNQUEDOS INANTIS
“LIGA E DESLIGA”
Como é
maravilhoso ser criança! Tudo acontece na localidade de Cajueirinho I,
município de Cruz. Leonara e uma menina que adora brincar de “Liga” com
suas amigas nas praças, terreiros e até nos quintais de sua casa. Não
tem enredo nem material utilizado e o número de crianças não pode ser
menor que três. A brincadeira termina quando o ‘gato’ liga todos os
participantes. Para as crianças se divertirem e ficarem mais felizes.
Autor
– Maria Natalia Vasconcelos Sousa
Idade - 13 anos
Data -
11/05/2006
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS
INANTIS
“BONECA DE PANO”
Ser criança é
maravilhoso! Tudo acontece na localidade de Cajueirinho I, no município
de Cruz. Luana, uma menina de 12 anos, que fabrica seus próprios
brinquedos mora em Cajueirinho. Sempre Juno de sua prima, Luana pega o
pano, a tesoura e corta em forma de uma boneca e costura, fazendo assim
uma boneca e depois vai brincar com sua prima.
Ela acha maravilhoso
ser criança, pois pode aproveitar a vida. E ela é linda, principalmente
quando somos criança. Se todos aproveitassem a vida sendo crianças
fabricando seus próprios brinquedos.
Autor – Dheison Maik
Freitas
Idade - 13 anos
Data - 11/05/2006
Texto da
Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS
“CARRINHO
DE LATA”
As crianças de Cajueirinho I se sentem muito felizes
ao brincar de carrinho de lata. Fábio, um homem casado de 22 anos
fabrica esse brinquedo para seu filho e outras crianças.
Morando
perto de uma praça, vê meninos brincando com brinquedos feitos por ele,
sua arte fica muito encantada.
Para construir um carrinho precisa-se
de uma lata de óleo, faca, martelo, pregos madeira e um cordão para ser
puxado pelas crianças.
Na época Fábio tinha mais ou menos uns 12 anos
quando viu seu tio construindo carrinhos de lata, ao ver a obra pronta
despertou nele uma imensa vontade de aprender. Os dias se passaram e ele
começou a praticar.
Fábio diz que sente saudades de seu tio, que
hoje é falecido, mas deixou esta recordação, a arte.
Autor –
Maria Natalia Vasconcelos Sousa
Idade - 13 anos
Data - 12/05/2006
Texto
da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS
“FUI À
ESPANHA BUSCAR MEU CHAPÉU”
Brincar é muito bom! Nathália, uma
garota de 13 anos residente na localidade de Cajueirinho, nos conta que
adora brincar com suas amigas e por morar próximo a uma praça, sempre
junta um grupo de garotas mais ou menos da sua idade e vão até a praça
para brincarem a brincadeira predileta de todos: Fui à Espanha. Ela
explica:
“Todos se juntam e formam uma roda, ai começa a cantar,
girando, baendo palmas, dançando e apontando o dedo para o céu, cantando
e gesticulando sendo que ao final da mesma todos ficam em par e quem
ficar sozinho é o vovô (ó)”.
Nathália se sente livre ao brincar com
as amigas, ela exclama: “É bom ser criança, brincar, pular, gritar. O
melhor de tudo é se divertir”.
Autor – Socorro Maria da Silva
Idade
- 14 anos
Data - 12/05/2006
Texto da Ficha 5
BRINCADEIRAS
E BRIUNQUEDOS INANTIS
“PULAR CORDA”
Ser
criança é maravilhoso! Tudo acontece na localidade de Cajueirinho desde
os tempos de nossos pais.
Simone Marques de Freitas é uma menina
extrovertida, carismática e feliz que costuma pular corda com suas
amigas no terreiro e quintal de sua casa. Às vezes na praça e em
qualquer ambiente onde der para realizar a brincadeira, que é muito
divertida. Para realizá-la precisa de, no mínimo, três pessoas e uma
corda. Duas pessoas bombeiam a corda e a outra pula, fazendo revezamento
e também,se puder improvisar, usando cordões, tiras, salsas.
Esta
brincadeira é bastante condizente com as crianças e adolescentes pela
energia, dinamicidade e alegria que desperta em seus participantes.
“Adoro
ser criança, ou melhor, adolescente, pois brinco com minhas amigas e
não me preocupo com as coisas ruins na vida”, conclui Simone.
Autor
– Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 15/05/2006
Texto
da Ficha 5
BRINCADEIRAS E BRIUNQUEDOS INANTIS
“CANTIGA
DE NINAR: DORME NENÉM”
Maria Aparecida Lopes Silva,
conhecida como Aparecida, gosta de cantar ninar para as crianças
dormirem. Hoje tem 60 anos e aprendeu a cantar com sua avó, cantou para
seus filhos e agora canta para seus netos. Nasceu em Cruz e mora em
Cajueirinho desde 1973.
A criança ao ser embalada com música se
acalma e dorme. Os adolescentes também se tranqüilizam com a música.
A
importância desta manifestação é que gosto de transmitir o que ser para
os outros. A música é assim:
Dorme neném que a noite já vem
O
papai foi à roça e a mamãe logo vem.
Dorme neném que eu tenho o que
fazer
Vou lavar, vou engomar uma camisinha para você.
Autor
– Socorro Maria da Silva
Idade - 14 anos
Data - 15/05/2006
Texto
da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“CIDADÃO AUTÔNOMO DA
COMUNIDADE”
Antônio Carlos Sobrinho, Toinho, 76 anos, natural
de Cajueirinho tornou-se uma pessoa popular por ser alguém preocupado
com o bem estar da população desta localidade. O mesmo disponibilizou-se
a doar parte de seus terrenos para a construção da escola, posto de
saúde e também a igreja e a praça. É nestes ambientes que são realizados
a maioria dos eventos culturais locais. Vale mencionar que os últimos
locais referidos forma construídos em terrenos particular.
“Sempre
fui uma pessoa muito dedicada a meus filhos, consegui com grande esforço
educá-los, colocando todos na escola, pois meu desejo era vê-los
instruídos, já que não tive oportunidade de usufruir desse bem que torna
o homem mais preparado para a vida”.
Seu Antônio Carlos continua
desempenhado um papel de colaborador na comunidade onde já dispôs a doar
uma outra parte de seu terreno para a construção de uma quadra
esportiva visando o bem estar da população principalmente das crianças e
adolescentes que têm no esporte uma grande apreciação.
Autor
– Luana Karla Silveira
Idade - 12 anos
Data - 15/05/2006
Texto
da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“PROMOVENDO A PALAVRA DE
DEUS”
Cajueirinho, Cruz, Ceará ,casa de Geralda Gorete dos
Santos. D. Gorete, 53 anos, natural de Belém, residente na localidade há
oito anos. Mulher culta e dedicada ao trabalho que desenvolve como
dirigente da igreja na comunidade.
Comunicativa, tornou-se popular a
partir do momento que chegou na comunidade, onde foi indicada como
dirigente da Palavra de Deus na comunidade, na medida que o tempo foi
passando a necessidade de desenvolvimento de pastorais, tornou-se
coordenadora de várias delas. Sendo solicitada pela comunidade, o que a
tornou conhecida e solicitada.
Neste oito anos foi o esforço e a
vontade de crescimento a fé que na medida que ela cresça, ela deseja e
quer que a comunidade cresça, principalmente as pessoas que trabalham
junto com ela: Pastorais da Liturgia, Catequese, dirigindo e coordenando
as Pastorais do Sacramento.
Que D. Gorete continue desempenhando em
nossa comunidade seu papel de dirigente, pois continuará conhecida por
todos.
Autor – Simone Marques de Freitas
Idade - 12 anos
Data
- 16/05/2006
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“REIVINDICANDO
A FILOSOFIA DA POLÍTICA ATUAL”
José Simão de Sousa, 53 anos,
conhecido como José Vintura, nasceu em cajueirinho, onde vive até hoje.
Estudou
pouco, o que não limitou seu grande conhecimento. Sua popularidade
nasceu do seu amor ao próximo e aos movimentos sociais dos quais tem uma
participação ativa, está sempre disposto a agir em situações diversas.
Atualmente é um dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais
e muito vem fazendo pela comunidade. Vale ressaltar que por apresentar
um alto grau de criticidade, tornou-se antipatizado entre as pessoas.
Com seu trabalho orienta as famílias na busca de seus direitos e assim
proporcionar uma vida mais digna a seus filhos.
Autor –
Socorro Maria da Silveira
Idade - 14 anos
Data - 17/05/2006
Texto
da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“CURANDEIRO AJUDANDO OS
MAIS CARENTES”
Luiz Raimundo Celestino, conhecido como Luiz
Curador, é agricultor aposentado, nasceu em Itapipoca e mora na
localidade há 20 anos. Tem 65 anos.
Sr Luiz, há 50 anos vem
desempenhando a função de curandeiro. Homem simples e dedicado ao bem do
próximo, através do seu dom de curar vem chamando a atenção das
comunidades e municípios vizinhos, sendo solicitado até na capital. Sr.
Luiz é uma pessoa preocupada com o bem do próximo e em passar a gerações
futuras o sentimento de solidariedade e uma cultura na crença de uma
religiosidade que intervém nas forças divinas para curar males como:
quebranto, espinhela caída, mau olhado, ventre caído, dor no corpo e
engasgo.
Autor – Kamila Kelly Morais
Idade - 12 anos
Data
- 17/05/2006
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“O
AUTODIDATA”
Manoel Messias de Freitas é um senhor de 80
anos, aposentado,residente na localidade desde que nasceu. Nunca
freqüentou escola mas apresenta um conhecimento extraordinário, admirado
e requisitado pela maioria da população.
Sua popularidade iniciou-se
quando aos 12 anos fundou um posto de injeções e curativos em sua casa,
que prestava serviços a quem o solicitasse. Ajudou a administrar e
manter uma escola a qual funciona em sua residência. Construiu o plano
piloto da igreja e mobilizou a comunidade para envolver-se em sua
construção. Participou do grupo que abriu a primeira estrada que ligava
Cruza Caiçara, passando pelo centro de Cajueirinho. Seu Messias é
bastante requisitado por muitas pessoas, inclusive por alunos, para
adquirir informações sobre histórias locais, às quais ele domina com
segurança.
“Me considero uma pessoa honesta e solidária ,que penso
primeiramente no outro para depois pensar em mim. Me tornei antipatizado
por aqueles ‘incompreensivos’ que não valorizam meu trabalho e só
criticam-no. Sofro muito com isso, mas nada posso fazer”.
Autor
– Edvar Marques de Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data -
15/05/2006
Texto da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“APARECIDA
LOPES, UMA DAS PRIMEIRAS PROFESSORAS”
Maria Aparecida Lopes –
Dona Aparecida – nasceu em Cruze reside na comunidade de cajueirinho
desde 1973. Hoje aposentada, foi uma professora aplicada e muito
dedicada ao trabalho que desenvolvia como educadora. “Por muitos anos o
ensino acontecia em minha residência e era muito diferente de hoje. Não
tinha uma estrutura pedagógica nem administrativa, tudo acontecia sob
minhas responsabilidades inclusive a preparação da merenda”.
Operosa e
comunicativa, aquela zelosa professora repassou seus conhecimento aos
alunos. Foram 30 anos de dedicação e compromisso com a educação,
preparando as crianças e adolescentes para um futuro melhor. “Hoje me
sinto recompensada quando um ex-aluno passa por mim e manifesta um
atitude de consideração”, conclui D. Aparecida.
Autor – Maria
Natália Vasconcelos Sousa
Idade - 13 anos
Data - 15/05/2006
Texto
da Ficha 6
FIGURAS POPULARES
“UMA GRANDE HISÓRIA DE
SAÚDE”
João Evangelista Vasconcelos nasceu no dia 18 de
novembro de 1974, faleceu em 30 de junho de 1996 de parada cardíaca aqui
em Cajueirinho onde morou desde que nasceu. Era um jovem bem humorado,
amigo, solidário, estava sempre pronto para ajudar.
Foi um filho
obediente, sempre trabalhando com o pai nos trabalhos da agricultura e
nos trabalhos de carpintaria onde aprendeu a confeccionar muitas coisas.
Fazia brinquedos e distribuía para as crianças, fazia portas, janelas e
outras coisas. Era bem inteligente e educado.
Com o dinheiro desses
trabalhos e com a ajuda de seu pai conseguiu realizar um de seus sonhos:
construir um bar. Era muito feliz, sempre passou bons exemplos para
aqueles que estavam por perto, especialmente as crianças, por quem tinha
muito carinho.
Tenho certeza que seu desejo é que todas as crianças e
adolescentes cresciam com amor no coração, respeito e que siga o
exemplo dele, que foi sempre amoroso, dedicado e solidário.
Autor
– Simone Marques de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 15/05/2006
Texto
da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“ESGALAMIDO,
O INIMIGO DA BALANÇA”
Esgalamido era, segundo a
entrevistada, um dizer muito popular nos tempos passados e que vem sendo
mencionados até hoje.
Quando surgiu não se sabe, mas geralmente é
usado para pessoas que exagera na comida.
Podemos dizer que o uso
desta expressão é bastante interessante porque tudo que existe tem um
sentido e, na maioria das vezes, se origina de tradições antigas. Então
tem sim uma grande importância devido ao seu valor histórico e cultural
que vem sendo resgatado principalmente pelas crianças e adolescentes,
que são os responsáveis da cultura local.
Autor – Daiara
Kelle de Freitas
Idade - 13 anos
Data - 22/05/2006
Texto da
Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“REACO,
O MAU PAGADOR”
De acordo com o entrevistado ,’reaco’ é uma
expressão usada quando alguém deve e não paga sua dívida.
Surgiu há
muitos anos, mas ninguém sabe quem trouxe para esta localidade. A mesma
ainda é usada com muita freqüência, principalmente pelas pessoas mais
velhas e com um grau de instrução maior. Reaco sempre é usado quando as
pessoas demoram apagar o que devem ou então não pagam. Significa pessoa
ludibria por gosto ou má índole, desonesta. Foi uma expressão utilizada
por certa uma certa pessoa e hoje faz parte do linguajar do povo de
Cajueirinho.
Autor – Daiara Kelle de Freitas
Idade - 13
anos
Data - 22/05/2006
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E
VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“DO TEMPO DO BUMBA”
“Do
tempo do bumba”, segundo a entrevistada, é uma expressão usada
popularmente pelas pessoas mais experientes e que vem sendo repassada
para os jovens através de seu emprego contínuo, ou quando nos referimos a
coisas fora da atualidade.
Esta expressão surgiu não se sabe quando e
nem de onde veio. Só sabemos que a mesma é usada ainda hoje, mesmo que
com menos freqüência. Do tempo do bumba sempre é usada quando a pessoa
acha que outra é ultrapassada, que está fora da atualidade. Significa
objetos, idéias ou atitudes fora da época, antigas.
O objeto mapeado é
uma forma de enriquecimento do aspecto cultural que deve ser cultivado
para que não se perca ao longo dos tempos e a criança e o adolescente
são os responsáveis pelo resgate e valorização da cultura local, dentre
elas o uso de expressões e vocábulos que dão uma maior dinamicidade às
formas de comunicação.
Autor – Dheison Marques de Freitas
Idade
- 13 anos
Data - 24/05/2006
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES
E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“É O NOVO!”
Esta
expressão não se sabe como começou, mas é bastante empregada no nosso
dia-a-dia quando alguém quer manifestar sua opinião sobre um determinado
aspecto ou situação fora de época. Apesar da Expressão ser “é o novo!”,
ela se refere a algo antigo, ultrapassado conforme a visão do
manifestante.
Atualmente é usada por crianças, jovens e adultos e vem
mostrando a valorização da cultura e a importância de diversas formas
de uso d linguagem nas várias situações comunicativas.
Autor –
Maria Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 24/05/2006
Texto
da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“BUCHO
QUEBRADO, VÍTIMA DE GOZAÇÃO”
Na comunidade de Cajueirinho é
comum ouso da expressão “bucho quebrado”.
Bucho quebrado é usado
sempre que se tem a intenção de atingir o ego de alguém, sempre que se
tem a intenção de inferiorizar alguém diante de outros e esse alguém
quase sempre é uma pessoa que tem uma barriga avantajada.
Contudo,
entre amigos, a expressão em sentido amistosos, tem a função de
descontrair, animar o bate-papo, porém é sempre bom a prudência para que
alguém não se sinta prejudicado.
Autor – Socorro Maria da
Silva
Idade - 14 anos
Data - 26/05/2006
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES
E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“BICHO INXIRIDO, O
METIDO”
Maria Natália Vasconcelos, 13 anos, residente em
Cajueirinho I, é uma usuária da expressão e diz: “Sempre uso quando uma
pessoa se insinua para mim ou para alguém que está comigo ou ainda
quando uma pessoa quer aparecer”.
Bicho inxirido, portanto, é uma
expressão usada para designar uma pessoa que se exibe, que faz ações
geralmente antiquadas em público com a intenção de chamar a atenção.
Natália
afirma que a expressão estimula o adolescente a se distrair no que diz
respeito a fazer com que os integrantes de um grupo sintam-se mais à
vontade.
Autor – Maria Natália Vasconcelos
Idade - 13 anos
Data
- 26/05/2006
Texto da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS
LOCAIS E REGIONAIS
“ABESTADO”
Vanderlandia
Iara Araújo, 14 anos, mora em Cajueirinho dos cazuzas desde junho de
2005. nasceu em Cruz e é estudante em Cajueirinho I.
Abestado é um
vocábulo usado principalmente pelos adolescentes em várias situações do
dia-a-dia, quando uma pessoa demonstra uma atitude de tolice e de
imbecilidade ou em situação de aborrecimento como por exemplo: “Parece
que é abestado!”
A relação do objeto mapeado com o universo da
criança do adolescente é que é empregado no sentido de se divertir da
car do outro ou provocar insulto a alguém.
Autor – Maria
Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 29/05/2006
Texto
da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“GOBIRA”
Valdi
Francisco da Silva, tem 18 anos mora na localidade desde quando nasceu,
aqui mesmo é estudante. “Gobira” é um vocábulo que significa jumenta e é
usado quando se junta um grupo de adolescentes e começam a usar esta
palavra no tom de brincadeira em situações como: “E aí pé seco? Cadê
aquela gobira”?
A relação do objeto mapeado com o universo da criança
e do adolescente é que fazem uso da expressão no sentido pejorativo
para gozar do outro e fazer aquela animação. Os adolescentes se divertem
e repassam a cultura para os mais novos, enriquecendo-a.
Autor
– Maria Leonara da Silva
Idade - 12 anos
Data - 29/05/2006
Texto
da Ficha 7
EXPRESSÕES E VOCÁBULOS LOCAIS E REGIONAIS
“PUXA-SACO,
O INTERESSEIRO”
É uma expressão muito antiga usada em
situações de reprovação pela população para ofender e minimizar pessoas
que usam da ‘amizade’ para conseguir alguma coisa em seu benefício.
Ao
se dirigir a pessoas adeptas é muito comum ouvir as seguintes
expressões: “Mariazinha é puxa-saco, não sai nunca, puxa o saco do
prefeito, só ocupa este cargo por ser puxa-saco”.
É uma expressão
utilizada no dia-a-dia de sentido pejorativo e espera-se que nossas
crianças e adolescentes entendam que o importante é chegarmos a algum
lugar por mérito nosso e que as nossas amizades sejam realmente
verdadeiras.
O importante é alentar a todos para uma cultura em que
os verdadeiros sentimentos brotem por admiração, respeito e afeto.
Autor
– Sérgio Medeiros Marques
Idade - 10 anos
Data - 31/05/2006
Texto
da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“CAJUEIRINHO TEM
HISTÓRIA”
A comunidade de Cajueirinho apresenta uma população
estimada em 800 pessoas e uma área de 3.600 hectares. As construções
são predominantemente de tijolos revestidos de argamassa. A vegetação é
arbustiva. A via de acesso Br passa pela posição sul cortando a
localidade de uma extremidade a outra.
Cajueirinho principiou seu
processo histórico por volta de 1870 quando o casal Frutuoso José de
Freitas e Rita Maria de Jesus adquiriu uma área de 3.600 hectares de
terra e aqui instalou-se construindo as primeiras habitações. O nome da
localidade é devido a constatação de um cajueiro solitário no centro da
propriedade do saudoso Frutuoso que mandou registrar suas terras com o
nome de Cajueirinho. O velho Cajueiro que deu origem ao nome do lugar
veio a tombar na década de 1960 devido à ação do brejo provocado pelo
Açude da Prata.
Cajueirinho vem se desenvolvendo socialmente,
procurando avançar no aspecto educacional oferecendo Educação Infantil e
Fundamental às crianças e adolescentes, ampliando as áreas de
abrangência da saúde. Sua economia se baseia na agricultura e no
comércio.
No aspecto cultural, crescem os festejos de caráter
religioso, os festivais culturais, entre outros. É nesta localidade que
as crianças e adolescentes trabalham, estudam, se divertem, convivem e
aprendem com seus familiares, parentes e amigos os aspectos culturais
que enriquecem um povo e percebem a importância de levá-los às futuras
gerações. Para melhor nos situarmos no tempo e no espaço, é necessário
conhecer a história do lugar, dos antepassado, seus feitos, lutas e
conquistas para que se possa compreender o presente e planejar as ações
futuras.
Autor – Maria Fabíola Sousa
Idade - 17 anos
Data
- 23/05/2006
Texto da Ficha 8
HISTÓRIAS LOCAIS
“CAJUEIRINHO
DOS CAZUZAS”
Trata-se de uma região de mais ou menos 3 km²
pertencente à localidade de Cajueirinho e que compreende aparte que faz
divisa com a comunidade de Poço Doce. Com uma vegetação que mistura
litorânea e caatinga, tem com via de acesso a estrada de asfalto
estadual que liga Cruz a Jijoca e a antiga estrada de piçarra.
Cajueirinho
dos Cazuzas é um pequeno povoado composto por 11 casas onde moram 65
pessoas, na maioria da mesma família, a família Muniz. Todas as casas
são de moradia, não há comércio, nem instituições culturais ou sociais.
A
origem do nome vem do seu primeiro morador, que se chamava Vicente
Muniz da Costa e era conhecido como Vicente Cazuza. O mesmo morava na
comunidade da Prata e quando casou veio morar nesta região que hoje leva
seu nome. Inclusive ele foi o primeiro a construir, e depois seus
filhos quando cresceram e assim por diante.
O apelido Cazuza, Seu
Vicente traz de seu pai Zé Cazuza, que morava em Cauassu, localidade
praieira do município de Acaraú. O significado e o porque do apelido, o
Sr. Daniel Cazuza, neto de Zé Cazuza e atual morador da localidade diz
não saber responder.
O principal meio de sobrevivência por aqui é a
prática da agricultura de subsistência bem como pequenas criações como
as de aves, porcos e cabras. Para o Sr. Daniel Cazuza, o lugar é calmo,
pacato, porém é importante pela tradição de seu nome e por ter certeza
que até os fins de seus dias irá ser chamado assim.
Autor
– Vanderlândia Iara Araújo
Idade - 14 anos
Data - 22/05/2006
Texto
da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“ASSOCIAÇÃO
DE PAIS E MESTRES”
A Associação de Pais e Mestres (APM) de
Cajueirinho I é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos,
representativa da comunidade escola, responsável pelo recebimento e
execução dos recursos financeiros transferidos diretamente pelo FNDE
para ajudar as unidades escolares em seu planejamento e sua
administração. A pessoa responsável pela aplicação dos recursos foi
definida pelo Estatuto da Entidade e pelos pais juntamente com um
colegiado para definir e outro para fiscalizar a aplicação dos recursos.
Foi
fundada em 23 de abril de 1999 pela comunidade escolar por ocasião da
EEF João Evangelista Vasconcelos ter sido beneficiada com o recurso do
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e não ter uma entidade
responsável pelo recebimento e administração do mesmo.
Ao longo dos
anos ela vem se firmando na comunidade pela experiência adquirida,
colaboração e crescimento quantitativo de seus associados. A mesma é
composta atualmente por mais de duzentas pessoas, entre pais e
professores. Tem como Presidente Francisca Geane Vasconcelos e
Tesoureiro Edvar Marques de Freitas.
Em 2005 houve um acréscimo de
artigos no Estatuto da Unidade Executora objetivando uma melhor
participação e qualidade na administração do recurso financeiro.
Como
retrocesso vale destacar uma pequena queda no valor total do recurso
recebido em 2005. A entidade desenvolve várias atividades como: reunião
dos associados para decisão coletiva da aplicação dos recurso
financeiro, prestação de contas periódica à comunidade escolar e à
Secretaria Municipal de Educação, reunião para mudança da Diretoria,
discussão de temáticas pedagógicas e administrativas, entre outras.
A
APM trabalha visando uma administração qualitativa dos recursos
destinados a ela, além de colaborar na assistência e formação do
educando por meio da aproximação entre pais, alunos e professore,
promovendo uma maior integração.
Autor – Edvar Marques de
Freitas Filho
Idade - 13 anos
Data - 07/06/2006
Texto da Ficha
10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“JOVENS DE
CAJUEIRINHO ANUNCIANDO CRISTO (JOCAC)”
JOCAC é um pequeno
grupo formado por jovens de quinze anos acima com a função de vivenciar a
fé, aprofundar conhecimento com relação ao temas atuais, se engajar em
grupos de liturgia, catequese e outros, promover eventos para contribuir
com os trabalhos da construção da Igreja Nossa Senhora Aparecida,
enfim, celebrar a vida, a esperança e os sonhos.
Foi formado no dia
15 de abril devido a comunidade ter constatado o descompromisso dos
jovens com a Igreja e tentando aproximá-los mais da mesma, pensou-se na
formação do grupo que teve aceitação imediata. No início eram 45 jovens,
mas infelizmente o grupo não conta mais com todos os membros, muitos
não optaram por um crescimento espiritual nem de jovens atuantes.
Hoje
apenas 20 estão desempenhando bem seu papel, trabalhando para ajudar
nos trabalhos da Igreja, da catequese e no coral. A equipe realiza
várias atividades como bingos, bailes, show religioso, tudo em prol da
igreja, da paróquia e de outros grupos de jovens e da coordenadora Maria
das Graças Vasconcelos. Tem fundamental importância porque incentiva os
jovens a terem um projeto de vida, a decidir o que querem ser e a
partir daí implantar este projeto consistentemente passo-a-passo e
hora-a-hora.
O objeto mapeado busca construir propostas, ideais,
horizontes de caminhada, e ações para que as crianças e os adolescentes
aça ainda melhor o seu espaço de mobilização e construção do Brasil que a
gente quer. Que cresçam com otimismo, sonhos, esperança e paz.
Autor
– Tamires Magna Silva Freitas
Idade - 13 anos
Data - 05/06/2006
Texto
da Ficha 10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“GRUPO
LITÚRGICO”
Liturgia é a ação que manifesta a igreja como
sinal visível a comunhão entre Deus e os homens por meio de Cristo.
O
grupo litúrgico é formado por jovens da comunidade que por vontade
própria aderem ao movimento. Entre suas ações, destaca-se o
acompanhamento das celebrações com cânticos, leituras do evangelho, de
textos bíblicos, salmos, etc. este trabalho tem sempre a participação da
comunidade.
O compromisso do povo com a missão de evangelizar deu
início ao grupo de liturgia que foi fundado na localidade em 1998 por
professores, pais de alunos e jovens. De início, o grupo, atuava na
escola João Evangelista Vasconcelos e depois passou a realizar as
celebrações na igreja ainda em construção. Hoje o grupo está bem maior,
mais preparado, pois participa mensalmente de estudos de aprofundamento e
tem o apoio da paróquia.
No decorrer dos anos, o grupo se estruturou
mais com a chegada de uma pessoa mais preparada na comunidade e o grupo
tornou-se mais ativo e hoje, se capacita catequistas, dar-se curso de
batizado e casamento.
Para a criança, o grupo é importante porque
incentiva e desperta a criança e o adolescente para a formação e
espiritualização e o sentido da vida.
Autor – Simone Marques
de Freitas
Idade - 12 anos
Data - 02/06/2006
Texto da Ficha
10
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES LOCAIS
“SOCIEDADE DE
BEM-ESTAR E COMUNITÁRIO - SEBEC”
A SEBEC é uma organização
não governamental sem fins lucrativos que desenvolve um trabalho
coletivo em benefício comunitário.
A Sociedade de Educação e
Bem-Estar Comunitário foi fundada em 1979 por um grupo de moradores
objetivando a realização de um trabalho conjunto bem como a manutenção
de escolas, criação de cooperativas agrícolas,formação de grupos de
jovens, idosos que melhorariam o aspecto social, econômico e cultural da
comunidade. Segundo seu Estatuto, o patrimônio adquirido seria
distribuído entre os sócios e em caso de desativação, os bens passariam
para a responsabilidade da paróquia.
Durante todo este tempo a SEBEC
teve alguns crescimentos: renovou e ampliou seu quadro de associados,
conseguiu realizar alguns projetos como o de energia elétrica, a criação
e manutenção das primeiras escolas, a viabilização de recursos
financeiros para a construção da capela Nossa Senhora Aparecida.
A
entidade ao longo de sua história teve alguns retrocessos que
ocasionaram o desmembramento da Diretoria e dos associados e uma falta
de mobilidade e de interesse comunitários que acabaram retardando a
viabilização de projetos.
Atualmente existem dois projetos em
tramitação via SEBEC: o de energia elétrica e da rede de abastecimento
de água. Segundo o entrevistado sua principal meta no momento é reativar
sua funcionalidade.
“O objeto mapeado procura envolver os jovens
numa atitude coletiva, participando das tomadas de decisões para a
adoção de uma conduta solidária”, afirma Seu Raimundo.
A Instituição
tem fundamental importância porque envolve a comunidade na busca de
recursos que garantam o suprimento das necessidades da população local,
beneficiando crianças, jovens e adultos.
Autor – Dheison
Maik Freitas
Idade - 13 anos
Data - 01/06/2006
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
segunda-feira, 6 de março de 2006
HINO DA ESCOLA
HINO DA ESCOLA JOÃO
EVANGELISTA VASCONCELOS – CAJUEIRINHO I
De um
sonho que em luta de fez
Tu és
símbolo de grande conquista
O teu
nome em virtude se deve
Ao
saudoso João Evangelista
Refrão
– Nosso lema é buscar o
saber
Para ajudar nossa
terra crescer
Elevar
o teu nome queremos
Pelos
méritos de tua vitória
És
orgulho de toda essa gente
Que
proteja teu nome na história
Educar
com amor e disciplina
Eis
a meta do seu ideal
Com
harmonia aos teus filhos ensina
O
valor de um amor fraternal
Seus
mestres em trabalho constante
Num
projeto que visa o aprendiz
Honrá-lo
de ter alcançado
Um
futuro brilhante e feliz
Nesta
escola se fez o progresso
Deste
povo pacato e servil
Que
almeja no estudo exaltar
Honra
e glória ao nossos Brasil
Letra:
Maria Maíza de Freitas
Música:
Francisco das Chagas do Nascimento
Assinar:
Postagens (Atom)