PROGRAMA
DE RÁDIO DA ESCOLA JOÃO EVANGELISTA VASCONCELOS DE CAJUEIRINHO I
SELO
UNICEF-EDIÇÃO 2009/2012
APRESENTAÇÃO:
Professor de música- Francisco
Aluno
representante do Grêmio Estudantil: Sabrina Sousa Morais
Aluna do
projeto Música na Escola: Tainara
Temática: Cultura e Identidade: Comunicação para a Igualdade Étnico-racial
Rádio 06
de Abril
APRESENTAÇÃO;
LOC. 1.
Bom dia
ouvintes da rádio 06 de abril. Eu sou Francisco, professor de
música da Escola João Evangelista Vasconcelos de Cajueirinho I. É
com muita satisfação que estou aqui na companhia de alunos para
compartilhar com vocês algumas atividades que estão sendo
desenvolvidas na escola sobre o tema: cultura e identidade
comunicação para a igualdade Étnico-racial. A cultura é um
patrimônio importante de um povo, por que resulta dos conhecimentos
e experiências compartilhados entre as pessoas de um lugar e vai
passando de geração em geração. Ela influencia os modos de ser e
de estar no mundo; de agir, sentir e se relacionar com o natural e o
social. A edição atual do selo Unicef tem duração de 36(trinta e
seis)meses,entre 2009 e 2012.O tema Cultura e Identidade –
comunicação para a igualdade étnico-racial, busca contribuir para
que comunidades valorizem de forma crescente as culturas
afro-brasileira e indígena, já que em nosso país as raízes
culturais são oriundas desses povos . A Escola João Evangelista
Vasconcelos foi convidada a incluir suas crianças e adolescentes no
trabalho de pesquisa e estudos sobre a história local que busca
identificar, reconhecer e valorizar expressões culturais e
afro-descendentes na comunidade de Cajueirinho.
LOC.2.
Olá
caros ouvintes, eu sou Sabrina, aluna do 9º ano da escola João
Evangelista Vasconcelos de Cajueirinho I. Faço parte do Grêmio
Estudantil Aliança Jovem e estou envolvida com as atividades sobre a
cultura afro e indígena. Na minha comunidade, muitas manifestações
presentes no dia-a-dia das pessoas, tem sua origem na cultura afro e
indígena como a arte de tecer com cipó, o uso de palavras, e
comidas como a tapioca, além de crenças como a do lobisomem que
assusta as pessoas nas noites de lua cheia . São esses aspectos que
fazem lembrar a história dos nossos antepassados.
LOC.3.
Olá,
ouvintes eu sou Tainara estudante do 8º ano. Quero me dirigir
especialmente as crianças e adolescentes, que independente da raça,
etnia ou cor da pele deve reconhecer o valor de cada pessoa, da sua
história e da história da sua família. Respeitar o outro no seu
modo de ser e de viver são atitudes de valorização da pessoa
humana. Não cabe na nossa conduta atitudes preconceituosas e
discriminatórias em relação ao semelhante. Somos uma só raça: A
raça humana. E o melhor de tudo isso é que temos os mesmos gostos,
vontades, emoções e sentimentos.
LOC.1.
Os mitos,
os contos e as histórias contadas pelos mais velhos são revividas
pela geração atual. A memória cultural de uma localidade é o
maior bem que ela possui. E a tradição oral faz esse bem circular,
ganhar mundo, organizando a vida, as ideias mantendo a riqueza
cultural de um povo. Isso tudo compõe a cultura de cada localidade,
mostrando o jeito como as pessoas se relacionam, se vinculam ao
passado dando continuidade a existência.
Dizem os
mais velhos que no serrote do Cajueirinho há uma princesa encantada
a espera do seu príncipe. Ela estaria transformada numa grande
serpente e para desencantá-la, um jovem teria de enfrentá-la e
feri-la para que ela voltasse a sua forma de princesa. Segundo a
lenda, de tempos em tempos ela se comunica com uma outra princesa no
serrote de Jericoacoara . Esse encontro provoca um estrondo nas
rochas dos dois serrotes, com aparência de trovão, que é ouvido
por muitas pessoas. E assim esse mito secular mantém-se vivo na
nossa memória. Caro jovem, se está a procura de sua princesa visite
o serrote do Cajueirinho I.
LOC.2.
É de
grande importância que crianças e adolescente tomem conhecimento de
suas culturas locais, sobretudo, a partir das escolas onde estudam,
atendendo ao que determina a legislação em vigor.
Nesse
sentido, a lei nº 10.639, de 2003, teve a maior importância na
medida que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e da
cultura afro-brasileira e africana em todos os sistemas de ensino.
Mais recentemente, em 2008 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) sofreu nova alteração por meio da lei nº
11.645. Na ocasião, estabeleceu-se a obrigatoriedade não só do
ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana, mas
também da história e cultura indígena em todas as escolas do país.
Na minha escola, muita coisa mudou nas aulas de história, passou-se
a discutir sobre a contribuição indígena no nosso dia-a-dia e
descobriu-se através de pesquisas e entrevistas com os moradores
locais que muitas como: cuscuz, urucum,biju,tapioca e objetos como o
uso da rede são influências da nação indígena no nosso modo de
ser e de viver.
LOC.3.
A
contribuição dos afro-descendentes na minha comunidade é percebida
na nossa forma de alimentar-se quando preparamos um delicioso
baião-de- dois, saboreamos feijoada,
degustamos
um peixe preparado no leite de coco ou tomamos café com pamonha. As
palavras como nenen, angu, mugunzá,banguelo enriquecem nosso modo de
falar. São tantas as contribuições afros-descendentes e indígena
que resultaram em tudo que hoje somos.
Uma
barragem que resistiu aos intemperes naturais representa um marco
histórico do cajueirinho.
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