terça-feira, 15 de novembro de 2011

PROGRAMA DE RÁDIO


PROGRAMA DE RÁDIO DA ESCOLA JOÃO EVANGELISTA VASCONCELOS DE CAJUEIRINHO I

SELO UNICEF-EDIÇÃO 2009/2012
APRESENTAÇÃO: Professor de música- Francisco
Aluno representante do Grêmio Estudantil: Sabrina Sousa Morais
Aluna do projeto Música na Escola: Tainara
Temática: Cultura e Identidade: Comunicação para a Igualdade Étnico-racial
Rádio 06 de Abril

APRESENTAÇÃO; 
LOC. 1.
Bom dia ouvintes da rádio 06 de abril. Eu sou Francisco, professor de música da Escola João Evangelista Vasconcelos de Cajueirinho I. É com muita satisfação que estou aqui na companhia de alunos para compartilhar com vocês algumas atividades que estão sendo desenvolvidas na escola sobre o tema: cultura e identidade comunicação para a igualdade Étnico-racial. A cultura é um patrimônio importante de um povo, por que resulta dos conhecimentos e experiências compartilhados entre as pessoas de um lugar e vai passando de geração em geração. Ela influencia os modos de ser e de estar no mundo; de agir, sentir e se relacionar com o natural e o social. A edição atual do selo Unicef tem duração de 36(trinta e seis)meses,entre 2009 e 2012.O tema Cultura e Identidade – comunicação para a igualdade étnico-racial, busca contribuir para que comunidades valorizem de forma crescente as culturas afro-brasileira e indígena, já que em nosso país as raízes culturais são oriundas desses povos . A Escola João Evangelista Vasconcelos foi convidada a incluir suas crianças e adolescentes no trabalho de pesquisa e estudos sobre a história local que busca identificar, reconhecer e valorizar expressões culturais e afro-descendentes na comunidade de Cajueirinho.

LOC.2.
Olá caros ouvintes, eu sou Sabrina, aluna do 9º ano da escola João Evangelista Vasconcelos de Cajueirinho I. Faço parte do Grêmio Estudantil Aliança Jovem e estou envolvida com as atividades sobre a cultura afro e indígena. Na minha comunidade, muitas manifestações presentes no dia-a-dia das pessoas, tem sua origem na cultura afro e indígena como a arte de tecer com cipó, o uso de palavras, e comidas como a tapioca, além de crenças como a do lobisomem que assusta as pessoas nas noites de lua cheia . São esses aspectos que fazem lembrar a história dos nossos antepassados.

LOC.3.
Olá, ouvintes eu sou Tainara estudante do 8º ano. Quero me dirigir especialmente as crianças e adolescentes, que independente da raça, etnia ou cor da pele deve reconhecer o valor de cada pessoa, da sua história e da história da sua família. Respeitar o outro no seu modo de ser e de viver são atitudes de valorização da pessoa humana. Não cabe na nossa conduta atitudes preconceituosas e discriminatórias em relação ao semelhante. Somos uma só raça: A raça humana. E o melhor de tudo isso é que temos os mesmos gostos, vontades, emoções e sentimentos.

LOC.1.
Os mitos, os contos e as histórias contadas pelos mais velhos são revividas pela geração atual. A memória cultural de uma localidade é o maior bem que ela possui. E a tradição oral faz esse bem circular, ganhar mundo, organizando a vida, as ideias mantendo a riqueza cultural de um povo. Isso tudo compõe a cultura de cada localidade, mostrando o jeito como as pessoas se relacionam, se vinculam ao passado dando continuidade a existência.
Dizem os mais velhos que no serrote do Cajueirinho há uma princesa encantada a espera do seu príncipe. Ela estaria transformada numa grande serpente e para desencantá-la, um jovem teria de enfrentá-la e feri-la para que ela voltasse a sua forma de princesa. Segundo a lenda, de tempos em tempos ela se comunica com uma outra princesa no serrote de Jericoacoara . Esse encontro provoca um estrondo nas rochas dos dois serrotes, com aparência de trovão, que é ouvido por muitas pessoas. E assim esse mito secular mantém-se vivo na nossa memória. Caro jovem, se está a procura de sua princesa visite o serrote do Cajueirinho I.

LOC.2.
É de grande importância que crianças e adolescente tomem conhecimento de suas culturas locais, sobretudo, a partir das escolas onde estudam, atendendo ao que determina a legislação em vigor.
Nesse sentido, a lei nº 10.639, de 2003, teve a maior importância na medida que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana em todos os sistemas de ensino. Mais recentemente, em 2008 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) sofreu nova alteração por meio da lei nº 11.645. Na ocasião, estabeleceu-se a obrigatoriedade não só do ensino da história e da cultura afro-brasileira e africana, mas também da história e cultura indígena em todas as escolas do país. Na minha escola, muita coisa mudou nas aulas de história, passou-se a discutir sobre a contribuição indígena no nosso dia-a-dia e descobriu-se através de pesquisas e entrevistas com os moradores locais que muitas como: cuscuz, urucum,biju,tapioca e objetos como o uso da rede são influências da nação indígena no nosso modo de ser e de viver.

LOC.3.
A contribuição dos afro-descendentes na minha comunidade é percebida na nossa forma de alimentar-se quando preparamos um delicioso baião-de- dois, saboreamos feijoada,
degustamos um peixe preparado no leite de coco ou tomamos café com pamonha. As palavras como nenen, angu, mugunzá,banguelo enriquecem nosso modo de falar. São tantas as contribuições afros-descendentes e indígena que resultaram em tudo que hoje somos.
Uma barragem que resistiu aos intemperes naturais representa um marco histórico do cajueirinho.




















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